Uma das grandes novidades é que o Brasil ultrapassou o Chile (52º) e passou a liderar o ranking dos países da América Latina e Caribe. Além disso, entre os países do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), o Brasil conquistou a terceira colocação, ficando à frente da Rússia (51º) e da África do Sul (59º). A China é a 12º colocada, e a Índia ocupa o 40º lugar.
A pontuação brasileira se destacou em indicadores como serviços governamentais online (14º) e participação eletrônica (11º). Além disso, o Brasil também se destaca pelos seus 16 unicórnios, ocupando a 22ª posição. Os unicórnios são startups que atingem um alto valor de mercado em dólares. O país ainda obteve bons resultados em ativos intangíveis (31º), marcando presença mundialmente por suas marcas registradas (13ª) e pelo valor global de suas marcas (39ª).
Os dez países mais bem colocados no Índice Global de Inovação são: Suíça, Suécia, Estados Unidos, Reino Unido, Singapura, Finlândia, Holanda, Alemanha, Dinamarca e Coreia do Sul.
Apesar do avanço no ranking, a posição brasileira ainda é considerada abaixo do potencial do país. Segundo a CNI, o Brasil é a 10ª maior economia do mundo, o que revela um descompasso entre tamanho econômico e posição no ranking de inovação. Para o presidente da entidade, Robson Braga de Andrade, o país pode crescer a cada ano no ranking por meio de investimentos e políticas direcionadas à ciência, tecnologia e inovação (CT&I).
O cálculo do IGI é baseado em indicadores de inovação, divididos em “insumos de inovação” e “resultados de inovação”, onde cada indicador tem um peso específico. Os insumos de inovação se referem às condições e elementos disponíveis para apoiar atividades inovadoras, como educação, ambiente de negócios e recursos humanos especializados. Já os resultados de inovação indicam o desempenho dos países na produção de inovação, incluindo produção científica, patentes, lançamento de novos produtos, serviços e processos.
O Índice Global de Inovação tem sido uma importante referência na avaliação da inovação e tem influenciado a formulação de políticas de ciência, tecnologia e inovação desde sua criação em 2007. O ranking é divulgado anualmente pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI) em parceria com o Instituto Portulans, contando com o apoio de parceiros internacionais, como a CNI e a Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI).