Repórter São Paulo – SP – Brasil

Abrasel pede volta do horário de verão para impulsionar faturamento de bares e restaurantes e gerar empregos

A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) está se mobilizando para pedir a volta do horário de verão no Brasil. A entidade enviou uma carta ao ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, ressaltando que a medida tem um impacto direto no faturamento dos estabelecimentos do setor, com um aumento entre 10% e 15%.

De acordo com a Abrasel, a implementação do horário de verão seria benéfica especialmente para o comércio e o turismo, setores que estão em recuperação após os prejuízos causados pela pandemia. A entidade destaca que o horário de verão movimenta a economia, pois os turistas têm mais tempo para aproveitar os destinos turísticos e realizam atividades até mais tarde.

A carta também foi enviada ao presidente Lula e aos ministros do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, e do Turismo, Celso Sabino. A Abrasel busca apoio político para a retomada do horário de verão, entendendo que essa medida poderia impulsionar o setor e gerar renda direta para mais de 7 milhões de brasileiros.

No entanto, o Ministério de Minas e Energia ainda não se pronunciou sobre o assunto. Na semana passada, a pasta informou que, de acordo com os dados disponíveis, não há necessidade de implantação do horário de verão em 2023. O ministério argumenta que o planejamento seguro implantado desde os primeiros meses do governo é capaz de garantir a estabilidade energética do país.

O horário de verão foi criado em 1931, mas foi extinto pelo governo federal em 2019. Os estudos apontaram que a medida tinha pouca efetividade na economia energética e também causava impactos negativos no relógio biológico das pessoas. Essas justificativas foram levadas em consideração na decisão de extinguir o horário de verão na época.

A retomada do horário de verão é um tema controverso e tem dividido opiniões. Enquanto alguns defendem os benefícios econômicos e turísticos da medida, outros argumentam que os impactos negativos são maiores. Resta aguardar a posição do Ministério de Minas e Energia e a resposta do governo diante desse pedido da Abrasel. A decisão final dependerá de uma análise cuidadosa dos dados e do contexto atual do país.

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