Parte da sociedade brasileira está questionando a necessidade de ter uma pessoa negra e/ou mulher ocupando essa vaga no STF, pois desejam ver suas identidades representadas na mais alta corte do país. A escolha de indivíduos para cargos de destaque, poder e tomada de decisões sempre levou em consideração critérios como cor, gênero e orientação sexual, privilegiando brancos, homens e heterossexuais. No entanto, o país não é composto apenas por eles.
A representatividade é importante para inspirar meninos e meninas em todo o Brasil, além de proporcionar exemplos positivos. No entanto, sua importância vai além disso. Considerar a diversidade da população na composição dos órgãos judiciais, legislativos e executivos é fundamental para realmente enxergar com mais atenção questões como saúde, educação pública, combate à violência e enfrentamento da fome.
Lula declarou que não está com pressa na indicação do próximo membro do STF, o que faz sentido, considerando que Rosa Weber ainda não deixou o cargo. No entanto, é importante frisar que há uma urgência por parte de muitos brasileiros em se sentirem representados e amparados. O momento em que essa indicação ocorrer deve ser encarado como o começo de uma mudança significativa, e não apenas uma foto ilustrativa do que poderíamos ser mas não fomos.
É necessário refletirmos sobre a desigualdade que persiste no país há 500 anos e buscar maneiras de corrigir essas injustiças. A representatividade é um dos caminhos para alcançar essa equidade, não apenas nas instituições públicas, mas em todos os aspectos da sociedade. A hora de mudarmos esse cenário é agora.