Gastos com Saúde e Cuidados pessoais têm alta de 0,17% em setembro, contribuindo para o IPCA-15 deste mês

No mês de setembro, os gastos das famílias brasileiras com Saúde e Cuidados pessoais tiveram uma alta de 0,17%, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse aumento representou uma contribuição de 0,02 ponto porcentual para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) deste mês, que registrou uma taxa geral de 0,35%.

Essa elevação nos gastos com Saúde e Cuidados pessoais foi impulsionada pelo aumento de 0,71% no item plano de saúde. Essa alta se deve aos reajustes autorizados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para os planos de saúde contratados antes da Lei nº 9.656/98, com vigência retroativa a partir de julho. O IBGE explicou que no IPCA-15 de setembro foram consideradas as frações mensais dos planos antigos referentes aos meses de julho, agosto e setembro.

Essa variação nos gastos com Saúde e Cuidados pessoais representa uma mudança em relação ao mês de agosto, quando a elevação foi de 0,81%. No entanto, mesmo com essa redução, esse grupo continua sendo um dos que mais pesam no orçamento das famílias brasileiras.

O aumento nos gastos com saúde não é uma novidade para os brasileiros. Nos últimos anos, os planos de saúde têm passado por constantes reajustes que afetam diretamente o bolso dos consumidores. Além disso, os custos com medicamentos, consultas médicas e procedimentos hospitalares também têm apresentado aumentos significativos.

Em um cenário de recessão econômica e aumento da inflação, as famílias ficam ainda mais apertadas financeiramente para arcar com os custos da saúde. Muitas vezes, é necessário fazer escolhas difíceis, adiando consultas e exames ou optando por medicamentos genéricos em vez dos de marca.

Diante desse panorama, é importante que o governo e as entidades responsáveis pela regulação dos planos de saúde adotem medidas efetivas para controlar os aumentos abusivos e garantir o acesso a um serviço de saúde de qualidade. Além disso, investimentos na saúde pública também são fundamentais para oferecer alternativas à população que não possui condições de arcar com os custos dos planos privados.

No entanto, enquanto não houver uma solução definitiva para esse problema, as famílias brasileiras terão que se adaptar e buscar alternativas para manter sua saúde em dia sem comprometer ainda mais o orçamento doméstico.

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