Em relação ao presidente Jair Bolsonaro, foi descartada a possibilidade de quebra de sigilo bancário. No entanto, o deputado Maia pretende votar pela convocação do diretor da Força Nacional de Segurança Pública, José Gaia, atendendo aos pedidos da oposição. Além disso, está sendo agendado o depoimento dos financiadores dos ataques aos Três Poderes e do general Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil de Bolsonaro.
Por sua vez, o líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (AP), ressaltou a importância de ouvir o ex-comandante da Marinha, Almir Garnier. De acordo com a delação do tenente-coronel Mauro Cid, Garnier teria colocado as tropas à disposição de Bolsonaro para um potencial golpe de estado, discutido com a cúpula das Forças Armadas.
No cronograma da CPMI, está previsto para hoje o depoimento do ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional de Bolsonaro, general Augusto Heleno. Já para quinta-feira, está agendada a oitiva de Alan dos Santos, condenado por tentativa de explosão de bomba no Aeroporto Internacional de Brasília.
O foco desses depoimentos está no esclarecimento dos eventos ocorridos no dia 8 de janeiro, quando um grupo de extremistas invadiu o Congresso Nacional e ameaçou a integridade do Estado de Direito. A CPMI busca compreender as motivações por trás desses ataques, além de investigar possíveis conexões entre os envolvidos e autoridades governamentais.
Essa investigação é de suma importância para a democracia brasileira, uma vez que visa garantir a transparência e a responsabilização de eventuais agentes que tenham conspirado contra as instituições democráticas do país. Acredita-se que a CPMI terá um papel fundamental na elucidação desses fatos e na preservação do Estado democrático de direito. É fundamental que os parlamentares tenham acesso a todas as informações necessárias para realizar suas investigações de maneira imparcial e eficiente, a fim de trazer à luz a verdade sobre os eventos ocorridos em janeiro deste ano.