O calor desse domingo superou as marcas registradas na sexta-feira (22) e no sábado (23), que eram os dias mais quentes do ano até então, com 34,7°C. A temperatura máxima foi registrada pelo Inmet por volta das 15h, na estação meteorológica do Mirante de Santana, localizada na zona norte da cidade.
Os paulistanos têm enfrentado altas temperaturas nas últimas semanas do inverno, que deu lugar à primavera na madrugada de sábado (23), às 3h50. Os primeiros meses da estação costumam ser marcados por altas temperaturas em várias partes do país, inclusive na capital.
Aliás, esse inverno foi o mais quente e intenso desde 1961 em São Paulo, com uma média de temperatura de 26°C, comparado aos 25,2°C registrados naquele ano. Durante o inverno, três dos dias mais quentes de 2023 foram registrados. No primeiro dia da primavera, no sábado (23), a quarta temperatura mais alta foi registrada, com 32,5°C em janeiro.
Segundo a Defesa Civil do estado, uma das causas das ondas de calor é um sistema de alta pressão sobre regiões de São Paulo, que mantém o clima quente e seco, dificultando a chegada de frentes frias com umidade.
Além disso, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) aponta que a influência do fenômeno El Niño deve manter as ondas de calor durante a primavera. O El Niño também contribuirá com mais chuvas no Sul do país, especialmente no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, e menos precipitação no leste da Amazônia.
Apesar de não ser possível prever os efeitos nos próximos meses na região Sudeste, o Inpe afirma que o volume de chuvas em São Paulo deve ficar acima da média histórica dos últimos 30 anos.
A capital enfrenta também dias de pouca umidade, mas a chegada de uma frente fria na segunda-feira (25) deve mudar esse cenário. É importante manter a hidratação e consumir água de coco e outros isotônicos para minimizar os impactos no aparelho respiratório.
Para aliviar a irritação nas vias aéreas, é recomendado usar soro fisiológico para lavagem nasal e em inalações. Esses cuidados devem ser reforçados, principalmente quando existem crianças ou idosos em casa.
Nos próximos dias, é preciso ficar atento, uma vez que a previsão é de que 2023 seja o ano mais quente ou o segundo mais quente desde 2016 em todo o planeta, segundo cientistas americanos. Além disso, o mês de agosto deste ano foi o mais quente da história global, com a temperatura média 1,25°C acima da média do século 20 para esse período.
