Os conservacionistas enfatizam a importância de manter populações saudáveis de rinocerontes para garantir a biodiversidade. Esses animais criam habitats para outras espécies, oferecendo oportunidades de restauração e renaturalização. Além disso, eles impulsionam o turismo nas regiões onde habitam, representando um fator econômico importante para as comunidades locais.
A recuperação da população de rinocerontes brancos é uma notícia animadora para os ambientalistas do WWF (World Wide Fund For Nature). No entanto, eles alertam que é necessário consolidar e aproveitar ainda mais essa evolução positiva, para garantir que esses animais não voltem a estar ameaçados de extinção.
Apesar do aumento na população na África, a situação dos rinocerontes asiáticos continua preocupante. Estima-se que existam cerca de 27 mil rinocerontes em todo o mundo, número muito inferior aos mais de 1 milhão que viviam apenas na África há 150 anos. A caça ilegal tem sido a principal responsável pela diminuição dessas populações. Ainda em 2022, mais de 500 rinocerontes foram mortos ilegalmente na África, devido à grande demanda pelo seu chifre em países asiáticos, onde é utilizado como medicamento.
Além disso, a Ásia abriga as duas espécies de rinocerontes mais ameaçadas de extinção: o rinoceronte de Javan e o rinoceronte de Sumatra. Estima-se que restem menos de 80 indivíduos de cada espécie.
Portanto, embora seja positivo ver um aumento na população de rinocerontes-brancos na África, é fundamental intensificar os esforços de conservação e combate à caça ilegal para garantir a sobrevivência desses animais e evitar que outras espécies de rinocerontes entrem em extinção.