Volney Gouveia, gestor do curso de Ciências Econômicas da USCS, destaca a importância de diferenciar entre o desejo e a necessidade na hora de comprar um item. É fundamental avaliar se o produto será proveitoso para a vida do consumidor e se o valor gasto realmente será um investimento ou um gasto desnecessário.
Com a redução dos preços, é natural que as pessoas queiram investir em produtos de seu interesse. No entanto, é importante ter disciplina e planejamento para evitar o endividamento. Gouveia explica que existe a chamada “economia de efeito riqueza”, em que o consumidor não percebe a renda adicional e acaba negligenciando na hora de fazer as decisões de compra.
Em relação às promoções, como “leve três e pague um”, o economista destaca que isso pode ser uma boa opção de investimento a longo prazo, principalmente para produtos não perecíveis, como itens de higiene. No entanto, é necessário ter cautela e fazer um rodízio nas compras para evitar o endividamento.
No último mês, a Craisa divulgou uma pesquisa que mostrou que o valor da cesta básica atingiu o menor patamar desde março de 2022. Alguns itens tradicionais na cozinha brasileira, como o óleo, a batata e o feijão, estão registrando um aumento na procura pelos consumidores.
Com o início da Primavera, é esperado que os preços de frutas tropicais como abacaxi, melancia e melão diminuam até o final do ano. Essas frutas são boas opções para a hidratação e são ricas em minerais, fibras e vitaminas.
No entanto, é importante lembrar que o arroz continua em alta e deve ficar até 20% mais caro até o final do ano, segundo o engenheiro agrônomo da Craisa, Fabio Vezzá de Benedetto.
Portanto, é necessário estar atento aos preços e fazer escolhas conscientes na hora de realizar as compras, evitando o endividamento e garantindo uma maior qualidade de vida.