Estopinha, que era a companheira do especialista em comportamento animal e veterinário Alexandre Rossi, faleceu na quarta-feira (20) após enfrentar problemas de saúde. No mesmo dia, foi realizado um memorial aberto ao público no Pet Memorial, em São Bernardo do Campo (SP). Durante a despedida, Alexandre relembrou a personalidade única de Estopinha, descrevendo-a como uma cachorrinha bagunceira e devoradora de petiscos, que conquistou fãs em todo o mundo devido à sua inteligência e carisma.
Além de ser famosa nas redes sociais, Estopinha também acompanhava Alexandre em quadros de programas de televisão. Em seu perfil no Instagram, onde acumula mais de 830 mil seguidores, ela se define como “blogueira por profissão, fazedora de arte por opção”. Alexandre revelou durante o memorial que considerou aposentar Estopinha das viagens e palestras há alguns anos, mas desistiu da ideia porque ela ficava muito feliz em acompanhá-lo e explorar novos lugares.
Os problemas de saúde da vira-lata pioraram após ser identificada uma infecção em uma de suas unhas no dia 7 de setembro. Os medicamentos afetaram seu estômago e desencadearam uma série de complicações. Alexandre compartilhou toda a rotina de tratamento e os altos e baixos nas redes sociais. Estopinha precisou ser internada e chegou a fazer uma transfusão de sangue devido às alterações nos exames.
Após receber alta para continuar o tratamento em casa, a cachorrinha faleceu ao lado de Alexandre. Em uma postagem emocionante, ele escreveu: “Dormimos juntinhos e ela estava sem dor”. A morte de Estopinha gerou reações tanto de pessoas anônimas quanto de famosos. A primeira-dama, Janja da Silva, publicou uma foto da vira-lata e disse que “Estopinha foi correr no céu dos cachorros”. O Conselho Regional de Medicina Veterinária de São Paulo (CRMV-SP) também se manifestou, destacando que Estopinha cumpriu um importante papel ao mostrar ao público como a adoção e os cuidados podem mudar a vida de animais abandonados.
Antes de se juntar à família Rossi, Estopinha havia sido resgatada, adotada e devolvida devido a seu mau comportamento. Quando era filhote, ela enfrentou uma doença chamada cinomose. Cerca de cem pessoas compareceram ao velório de Estopinha, que contou com coroas de flores e transmissão online para aqueles que não puderam se despedir presencialmente.
Orlando Alessi, médico veterinário e diretor comercial do Pet Memorial, ressaltou a importância dos velórios para o processo de luto pela perda de um animal de estimação. Ele afirma que esses momentos proporcionam um espaço reservado para chorar e marcar a perda, permitindo que o sofrimento seja compartilhado e validado pela rede de apoio dos familiares, amigos e colaboradores do serviço, já que o luto pela perda de um animal ainda não é completamente aceito pela sociedade.