Essa iniciativa em São Caetano visa diretamente pessoas de baixa renda que desejam oficializar a união, porém não têm condições de arcar com as despesas do cartório, que atualmente ultrapassam R$ 500. Para realizar a inscrição e dar início ao processo matrimonial, os interessados precisam comparecer pessoalmente no CRAS Nova Gerty, no CRAS Fundação ou no Fundo Social de Solidariedade.
Diferente de São Caetano, em Ribeirão Pires, por exemplo, o serviço de gratuidade para casamentos é oferecido pelo Cartório de Registro Civil local, mas mediante comprovação dos requisitos relacionados à renda.
Mesmo enfrentando dificuldades financeiras, muitas pessoas não abrem mão da oficialização do casamento. De acordo com Paula Britto Agliardi, professora de Sociologia da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo, esse desejo está intrinsecamente relacionado à emoção e ao significado que os casais atribuem aos “micro-rituais” presentes na cerimônia. Ela ressalta que a decisão de se casar também é influenciada pelas questões familiares e pelos modelos seguidos no seio da família.
A socióloga acredita que o casamento, como uma ação que envolve a comunhão de corpos e valores, traz um sentido extraordinário para a vida das pessoas, sendo benéfico para a sociedade como um todo.
Por fim, vale destacar a importância dessa iniciativa promovida pelo município de São Caetano, que proporciona a realização do sonho do casamento para casais de baixa renda, garantindo-lhes o acesso a um direito fundamental e fortalecendo os laços familiares e sociais.
