Governo Lula conclui projeto de lei para revisar estrutura do ensino médio, acatando sugestões de entidades educacionais.

Governo Lula conclui projeto de lei para revisão do ensino médio, alvo de críticas

O Ministério da Educação (MEC) acatou propostas dos secretários e entidades educacionais e concluiu o texto do projeto de lei que vai revisar a estrutura do novo ensino médio, que tem sido alvo de críticas de estudantes, educadores e especialistas. As alterações propostas devem passar a valer a partir de 2025, mas o governo precisa enviar o projeto para o Congresso e aguardar a aprovação dos parlamentares, sendo que a expectativa é que isso ocorra ainda neste ano.

De acordo com o projeto final, haverá um aumento na carga horária para disciplinas tradicionais, como português e matemática, e a manutenção de quatro áreas de aprofundamento, chamadas de itinerários formativos, além do ensino técnico. No entanto, ocorrerão mudanças nos nomes desses itinerários e o conteúdo deles será definido posteriormente.

Inicialmente, o plano do MEC era reduzir o número de itinerários formativos de quatro para dois, excluindo a educação profissional. Essa proposta recebeu críticas dos dirigentes de educação. Após diálogos, algumas vezes tensos, com entidades educacionais, principalmente o Consed, que representa os secretários estaduais de Educação, o ajuste foi feito, mantendo os quatro itinerários.

No novo ensino médio, os estudantes devem cursar disciplinas comuns a todos e itinerários que devem ser escolhidos por eles. A oferta desses itinerários tem sido alvo das maiores críticas, com matérias sem conexão curricular e redução de disciplinas tradicionais.

O projeto do governo Lula prevê um aumento na carga horária mínima da parte comum para 2.400 horas ao longo dos três anos do ensino médio. Os itinerários passam a ser chamados de percursos formativos e são organizados em quatro opções: Linguagens, Matemática e Ciências da Natureza; Linguagens, Matemática e Ciências Humanas e Sociais; Linguagens, Ciências Humanas e Sociais e Ciências da Natureza; Matemática, Ciências Humanas e Sociais e Ciências da Natureza. Essa organização foi uma demanda dos secretários, mas gerou desgaste interno no MEC.

O projeto também permite uma excepcionalidade na carga horária da parte comum para casos de oferta de ensino técnico, que poderá ser reduzida para 2.100 horas.

Em resumo, o governo Lula concluiu o texto do projeto de lei para revisão do ensino médio, atendendo a algumas demandas dos secretários e entidades educacionais. As alterações propostas visam aumentar a carga horária para disciplinas tradicionais, manter os quatro itinerários formativos e definir uma nova organização para eles. O projeto ainda precisa ser enviado ao Congresso e aprovado pelos parlamentares.

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