As chamas foram detectadas pelo Corpo de Bombeiros na última segunda-feira, através de imagens de satélite. Devido à área de brejo e aos pontos de alagamento, o fogo se espalhou rapidamente antes da chegada das equipes de combate. Um reforço de 48 bombeiros de Bonito, Campo Grande, Corumbá e Aquidauana foi acionado para controlar o incêndio.
As equipes dividiram-se em quatro frentes de combate, com o objetivo de cercar o fogo e evitar que ele atingisse a mata ciliar e as margens do rio. Duas aeronaves também foram utilizadas, com capacidade para transportar 3.000 litros de água. Segundo os Bombeiros, a situação está sob controle, mas as equipes continuarão no local para evitar reignições.
Até o momento, estima-se que o incêndio já tenha consumido 500 hectares de vegetação. Felizmente, devido ao avanço lento do fogo, nenhuma morte de animais foi registrada e nenhuma propriedade foi prejudicada, já que as chácaras estão localizadas na margem oposta do rio.
A situação em Mato Grosso do Sul é considerada de risco devido às altas temperaturas e à baixa umidade. Em Corumbá, por exemplo, os termômetros podem chegar a 42ºC na próxima segunda-feira. Medidas preventivas estão sendo tomadas para evitar novos incêndios, como a criação de faixas de terra livre de vegetação e o melhoramento dos acessos às comunidades ribeirinhas.
É importante ressaltar que a ação preventiva está sendo realizada devido aos graves incêndios ocorridos no Pantanal em 2020, que consumiram 3,909 milhões de hectares do bioma. O trabalho das equipes de combate aos incêndios e dos brigadistas indígenas das aldeias de Aquidauana e Miranda é fundamental para evitar a repetição desse desastre ambiental.
Com a previsão de aumento das temperaturas nos próximos dias, as autoridades estão em alerta e prontas para agir. A situação em Bonito também serve de alerta para outras regiões do país, onde as condições climáticas propícias para incêndios florestais são cada vez mais frequentes. A conscientização sobre a preservação ambiental e o combate ao desmatamento são essenciais para evitar que mais áreas naturais sejam destruídas pelo fogo.