Ministro Fachin mantém prisão de ex-agente da PRF acusado de participação na morte de Genivaldo em decisão do STF.

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu manter a prisão do ex-agente da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Kleber Nascimento Freitas, acusado de participação na morte de Genivaldo de Jesus Santos em maio de 2022. A defesa de Freitas recorreu ao ministro para reverter uma decisão anterior do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que havia mantido a prisão do acusado. Alegando problemas de saúde, os advogados argumentaram que Freitas sofre de graves transtornos mentais e que a prisão não oferece condições adequadas para seu tratamento.

No entanto, Fachin entendeu que não há ilegalidade na manutenção da prisão do ex-policial e afirmou que a questão de saúde não é de competência do Supremo avaliar. Segundo ele, as alegações e documentos apresentados pela defesa não foram analisados pelo juízo de primeiro grau.

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O caso ganhou notoriedade no ano passado, quando imagens divulgadas na internet mostraram a ação policial que resultou na prisão de Genivaldo no porta-malas de uma viatura após ele ser parado pelos policiais por trafegar de moto sem capacete em uma rodovia de Sergipe. Durante a abordagem, um dos policiais jogou bombas de gás dentro do carro e manteve a tampa do porta-malas abaixada, impedindo Genivaldo de sair e respirar.

No mês passado, o ministro da Justiça, Flávio Dino, assinou a demissão dos três policiais rodoviários federais envolvidos no caso. A demissão foi recomendada pela corregedoria da PRF, que considerou que os agentes violaram os deveres funcionais ao cometer as infrações disciplinares. Agora, os acusados serão levados a júri popular pela morte de Genivaldo, porém a data do julgamento ainda não foi marcada.

A decisão de Fachin de manter a prisão de Freitas reafirma a relevância do caso e mostra que o Supremo está atento à gravidade dos fatos. Além disso, evidencia a necessidade de que os agentes públicos sejam responsabilizados por suas ações, especialmente quando estas causam a morte de cidadãos. Neste caso em específico, Genivaldo foi vítima de abuso de poder e violência por parte dos policiais, o que gerou grande indignação na sociedade.

A decisão do STF é um passo importante para garantir a justiça e a punição adequada dos envolvidos. Espera-se que o julgamento em júri popular seja conduzido de forma imparcial e que aí sim seja possível estabelecer a responsabilidade de cada um dos acusados. A morte de Genivaldo não pode ser tratada como um episódio isolado, mas sim como um exemplo de abuso de autoridade que precisa ser combatido e prevenido no sistema de segurança pública.

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