De acordo com a ata divulgada pelo BoE, essa foi uma decisão descrita como “finamente equilibrada”. O comitê de política monetária também aprovou, por unanimidade, a redução do estoque de bônus do governo (Gilts) que está em posse do BC inglês. A expectativa é que 100 bilhões de libras sejam reduzidas nos próximos 12 meses, o que resultaria em um total de 658 bilhões de libras.
Essa decisão do BoE reflete a perspectiva cautelosa do banco em relação à economia do país. As incertezas em torno do Brexit e as tensões comerciais globais têm impactado o crescimento econômico do Reino Unido. Manter as taxas de juros inalteradas pode ser uma estratégia adotada pelo banco para estimular o consumo e o investimento, impulsionando assim a economia.
No entanto, as quatro autoridades do BC inglês que defendiam o aumento das taxas podem estar preocupadas com o impacto da inflação. A elevação das taxas de juros tem como objetivo controlar a inflação, que atualmente está em 2% no Reino Unido. Aumentar a taxa básica de juros pode ajudar a diminuir a pressão inflacionária, evitando assim um possível descontrole dos preços.
Essa decisão do BoE também está alinhada com a postura adotada por outros bancos centrais ao redor do mundo. O Federal Reserve dos Estados Unidos, por exemplo, também sinalizou recentemente que não pretende alterar suas taxas de juros no curto prazo, buscando equilibrar o crescimento econômico com a estabilidade de preços.
Em resumo, o Banco da Inglaterra decidiu manter sua taxa básica de juros em 5,25%, mesmo com a divisão entre seus dirigentes de política monetária. Essa decisão reflete a preocupação do banco com o crescimento econômico e o controle da inflação. Manter as taxas inalteradas pode ser uma estratégia para estimular a economia, enquanto a redução dos bônus do governo busca estabilizar o mercado financeiro.