Na comparação com o mês anterior, julho, a queda foi ainda mais expressiva, chegando a 14,59%. Essa queda é atribuída ao fraco desempenho da economia e às incertezas que têm afetado os principais setores produtivos.
No entanto, a arrecadação da Contribuição Previdenciária apresentou um crescimento de 2,67% em termos reais, impulsionado pelo aumento da massa salarial. Além disso, a arrecadação da Cofins/PIS-Pasep também teve um crescimento real de 6,08% devido ao aumento do volume de vendas e serviços e às alterações nas regras de tributação sobre os combustíveis.
A Receita Federal destacou ainda o pagamento de aproximadamente R$ 827 milhões em Imposto sobre Exportação em razão da tributação de óleo bruto, assim como o recebimento de R$ 861 milhões do programa de redução de litigiosidade.
No acumulado do ano, de janeiro a agosto, a arrecadação federal atingiu a marca de R$ 1,517 trilhão. Apesar da queda registrada em agosto, o volume arrecadado é o segundo melhor para o período desde o início da série histórica em 1995, corrigido pelo IPCA. No entanto, houve uma queda real de 0,83% em relação aos primeiros oito meses do ano passado.
Essa queda na arrecadação federal reflete a situação econômica do país, que ainda enfrenta diversos desafios, como baixo crescimento, desemprego elevado e queda na confiança dos investidores. É fundamental que o governo promova medidas para reverter essa situação e estimular o crescimento da economia, como a realização de reformas estruturais e ações para melhorar o ambiente de negócios no país. Somente assim será possível impulsionar a arrecadação de impostos e contribuições e garantir recursos para investimentos em áreas estratégicas, como saúde, educação e infraestrutura.