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Senador do PSDB critica CPMI do 8 de Janeiro e acusa relatora de parcialidade em trabalho “pronto”

No seu pronunciamento na terça-feira (19), o senador Izalci Lucas (PSDB-DF) expressou sua indignação com a CPMI do 8 de Janeiro, afirmando estar “estarrecido” com as coisas “absurdas” que estão acontecendo na comissão. O parlamentar fez críticas à relatora, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), acusando-a de realizar um trabalho “parcial” e já ter o relatório “pronto”.

Izalci revelou ter encontrado um diálogo no celular do general GDias, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) que foi exonerado após os ataques aos Poderes da República. Esse diálogo mencionava uma suposta reunião com o chefe de gabinete de Eliziane. O senador protocolou uma questão de ordem sobre o assunto, enfatizando que o encontro ocorreu dois dias antes do depoimento do general à CPMI.

Além disso, Izalci denunciou um encontro entre Eliziane e o coronel Titan, sobrinho de GDias, onde foram discutidas perguntas e respostas que seriam feitas pela relatora na comissão. O senador comparou essa prática a uma “colinha” e questionou a normalidade desse tipo de ação.

O parlamentar também afirmou que as invasões que ocorreram poderiam ter sido evitadas se providências tivessem sido tomadas após os alertas da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Izalci acusou a CPMI de não querer mostrar a verdade e ressaltou sua frustração com a incapacidade de convocar as pessoas que receberam os alertas para prestar depoimento. Ele questionou as medidas adotadas em relação a esses alertas, indagando se foram ignorados ou se ninguém fez nada a respeito.

O senador destacou que o Ministro da Justiça, que tinha conhecimento dos acontecimentos, se recusou a disponibilizar as imagens da Força Nacional registradas pelas câmeras do ministério. Izalci criticou a falta de aprovação de um requerimento para a convocação do responsável pela Força Nacional.

Essas declarações do senador Izalci Lucas revelam o descontentamento e as preocupações em relação às investigações da CPMI do 8 de Janeiro, levantando questionamentos sobre a imparcialidade da relatora e a transparência dos trabalhos da comissão. Izalci alega que existem evidências de diálogos comprometedores no celular do ex-ministro GDias e acusa que a relatora da CPMI já tinha o relatório pronto. O parlamentar também ressalta a importância dos alertas da Abin e questiona as medidas tomadas em resposta a esses alertas. Nesse contexto, Izalci critica a recusa do Ministro da Justiça em compartilhar as imagens da Força Nacional, alimentando a desconfiança sobre a busca pela verdade e justiça nessa investigação.

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