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Senador celebra aniversário de 33 anos do SUS e alerta sobre subfinanciamento

No pronunciamento realizado em Plenário na última terça-feira (19), o senador Marcelo Castro (MDB-PI) fez questão de homenagear o Sistema Único de Saúde (SUS) pelos seus 33 anos de existência. O SUS foi implantado pela Constituição Federal de 1988 e regulamentado pela Lei 8.080, de 1990.

Durante seu discurso, o senador fez questão de destacar a importância dos médicos que trabalharam em prol da criação do SUS, mencionando nomes como Hesio de Albuquerque Cordeiro, Sérgio Arouca, Eleutério Rodriguez Neto, Raphael de Almeida Magalhães e José Aristodemo Pinotti. Segundo o senador, é graças a esses profissionais que o SUS se tornou a maior política nacional, contribuindo para o aumento da expectativa de vida da população brasileira.

O senador ressaltou que mais de 150 milhões de brasileiros dependem exclusivamente do atendimento oferecido pelo SUS, que é responsável por 75% das internações no país. No entanto, ele alerta para o subfinanciamento do sistema, que tem sido agravado pela Emenda Constitucional 95, também conhecida como teto de gastos. Essa medida congelou os recursos, acarretando em uma perda de R$ 70 bilhões que ainda não foram recompostos.

No entanto, Castro enfatizou que algumas ações foram realizadas para tentar melhorar a situação do SUS. Ele foi relator do Orçamento no ano passado e, graças à aprovação da PEC da Transição, foi possível alocar recursos para o Ministério da Saúde. Ele ressaltou que o SUS atualmente consome apenas 4% do PIB brasileiro, enquanto outros países com sistemas de saúde unificados chegam a consumir no mínimo 7%. Para ele, ainda há um longo caminho a percorrer para que o SUS possa crescer e evoluir.

O pronunciamento do senador Marcelo Castro é mais uma demonstração do reconhecimento do SUS como uma política essencial no Brasil. Apesar dos desafios enfrentados, o sistema tem sido responsável por promover o acesso à saúde para milhões de brasileiros. No entanto, é necessário continuar lutando por um financiamento adequado, de forma a garantir a sustentabilidade do sistema e a qualidade do atendimento oferecido à população.

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