Durante seu discurso, o senador fez questão de destacar a importância dos médicos que trabalharam em prol da criação do SUS, mencionando nomes como Hesio de Albuquerque Cordeiro, Sérgio Arouca, Eleutério Rodriguez Neto, Raphael de Almeida Magalhães e José Aristodemo Pinotti. Segundo o senador, é graças a esses profissionais que o SUS se tornou a maior política nacional, contribuindo para o aumento da expectativa de vida da população brasileira.
O senador ressaltou que mais de 150 milhões de brasileiros dependem exclusivamente do atendimento oferecido pelo SUS, que é responsável por 75% das internações no país. No entanto, ele alerta para o subfinanciamento do sistema, que tem sido agravado pela Emenda Constitucional 95, também conhecida como teto de gastos. Essa medida congelou os recursos, acarretando em uma perda de R$ 70 bilhões que ainda não foram recompostos.
No entanto, Castro enfatizou que algumas ações foram realizadas para tentar melhorar a situação do SUS. Ele foi relator do Orçamento no ano passado e, graças à aprovação da PEC da Transição, foi possível alocar recursos para o Ministério da Saúde. Ele ressaltou que o SUS atualmente consome apenas 4% do PIB brasileiro, enquanto outros países com sistemas de saúde unificados chegam a consumir no mínimo 7%. Para ele, ainda há um longo caminho a percorrer para que o SUS possa crescer e evoluir.
O pronunciamento do senador Marcelo Castro é mais uma demonstração do reconhecimento do SUS como uma política essencial no Brasil. Apesar dos desafios enfrentados, o sistema tem sido responsável por promover o acesso à saúde para milhões de brasileiros. No entanto, é necessário continuar lutando por um financiamento adequado, de forma a garantir a sustentabilidade do sistema e a qualidade do atendimento oferecido à população.