Seres humanos estão provocando a perda de ramos inteiros da “árvore da vida”, alerta estudo científico, ameaçando uma sexta extinção em massa.

A perda de ramos inteiros da “árvore da vida” está sendo provocada pelos seres humanos, como alerta um estudo científico publicado recentemente. Os pesquisadores enfatizam que essa crise da extinção é tão séria quanto a das mudanças climáticas e ressaltam que o futuro da humanidade está em jogo.

O estudo vai além da análise da perda de espécies individuais e explora a extinção de gêneros inteiros. O gênero está situado entre a faixa de espécies e família na classificação dos seres vivos. Por exemplo, os cães pertencem ao gênero Canis, que faz parte da família dos canídeos.

Segundo os especialistas, essa pesquisa é uma contribuição significativa, pois é a primeira vez que alguém tenta avaliar as taxas modernas de extinção em um nível mais abrangente do que apenas espécies isoladas. Além disso, reforça a perda de ramos inteiros da “árvore da vida”, uma representação famosa desenvolvida por Charles Darwin.

O estudo se baseou em espécies consideradas extintas pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) e focou nos vertebrados, excluindo os peixes, porque existem mais dados disponíveis sobre eles. Dos quase 5.400 gêneros analisados, concluiu-se que 73 foram extintos nos últimos 500 anos, a maioria nos últimos 200 anos. Essa taxa de extinção é muito maior do que era esperado com base em registros fósseis anteriores.

A perda desses gêneros está diretamente relacionada às atividades humanas, como a destruição de habitats para agricultura, construção de infraestruturas, pesca predatória e caça. O ecossistema como um todo está em risco devido a essa perda. Os pesquisadores alertam que estamos perdendo espécies tão rapidamente que isso pode ser um sinal do colapso da civilização.

Embora a situação seja alarmante, os especialistas ainda debatem se essa situação representa o início de uma sexta extinção em massa. A última extinção em massa ocorreu há 66 milhões de anos, quando um asteroide exterminou os dinossauros. Os cientistas definem uma extinção em massa como a perda de 75% das espécies em um curto período de tempo. Ainda não foi determinado se estamos no início de uma nova extinção em massa, mas se as espécies continuarem sendo extintas no ritmo atual, essa possibilidade é real.

Para salvar muitos gêneros, é crucial interromper a destruição dos habitats naturais e restaurar aqueles que foram perdidos. Ainda há tempo para agir, mas é necessário agir agora. O futuro da “árvore da vida” e da humanidade depende disso.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo