Imagens de satélite revelam a extensão da destruição causada pelo ciclone extratropical no Rio Grande do Sul.

Imagens de satélite fornecidas pelo Programa de Monitoramento Rede Brasil M.A.I.S (Meio Ambiente Integrado e Seguro), do Ministério da Justiça e Segurança Pública, revelam a extensão da destruição causada pelo ciclone extratropical no estado do Rio Grande do Sul. Essas imagens, que mostram o antes e depois, permitem uma análise do impacto nas cidades de General Câmara, Taquari, Muçum e Encantado.

Através dessas fotografias diárias, é possível mapear áreas rurais e urbanas alagadas, fornecendo informações valiosas para o governo local tomar decisões estratégicas e emergenciais. Além disso, essas imagens ajudam a acompanhar a evolução da situação nessas áreas e a orientar os esforços de reconstrução.

Segundo informações do governo do Rio Grande do Sul, as fortes chuvas que causaram enchentes resultaram em 48 mortes até às 18h do domingo (17). Estima-se que 104 municípios tenham sido afetados, com nove pessoas desaparecidas, 3.130 pessoas resgatadas, 4.904 desabrigados, 1.088 desalojados e afetando no total de 359.641 indivíduos. Por fim, houve 943 pessoas feridas.

As imagens fornecidas para a Agência Brasil fazem parte de um programa de monitoramento que disponibiliza registros de satélite da constelação da empresa americana Planet, através de um contrato entre a Polícia Federal e a SCCON, que é responsável pela plataforma.

Essas imagens passam pelo processo de organização, análise e geração de alertas. Por exemplo, quando há uma área com incêndios, o satélite captura a imagem e a Plataforma SCCON gera um alerta indicando a existência de fogo.

Atualmente, o programa conta com mais de 300 instituições governamentais cadastradas, com cerca de 43 mil usuários. Órgãos como o Ibama, ICMBio, órgãos estaduais de Meio Ambiente, ANA e polícias militares são alguns dos participantes.

A CEO da SCCON, Iara Musse, explica que a plataforma possui 180 satélites que ficam a mais de 550 quilômetros da Terra, equipados com sensores de alta resolução que captam imagens em detalhes. Com essa quantidade de satélites, é possível obter imagens da superfície terrestre todos os dias, já que a Terra gira em torno do seu eixo.

Vinícius Rissoli, diretor comercial da SCCON Geospatial, afirmou que com as imagens diárias, o governo do Rio Grande do Sul consegue identificar as áreas afetadas pelos alagamentos, tanto nas áreas rurais como nas urbanas. Essas informações auxiliam as equipes técnicas na tomada de decisões estratégicas e emergenciais, permitindo que monitorem a evolução da situação nessas áreas.

Procurado para comentar o uso das imagens, o governo do Rio Grande do Sul não respondeu até o momento.

As imagens de satélite fornecidas pelo Programa de Monitoramento Rede Brasil M.A.I.S são de extrema importância para a avaliação dos danos causados pelas enchentes no estado gaúcho. Também evidenciam a necessidade de ações emergenciais para a reconstrução das áreas afetadas e mostram como a tecnologia pode ser aliada na prevenção e no enfrentamento de desastres naturais.

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