Projeção de crescimento econômico em 2023 é elevada para 3,2% pelo Ministério da Fazenda, enquanto a estimativa de inflação é mantida.

A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda divulgou nesta segunda-feira (18) a revisão das projeções de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e da inflação para o ano de 2023. De acordo com o Boletim Macrofiscal, a expectativa de crescimento do PIB foi elevada de 2,5% para 3,2%, enquanto a projeção de inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi mantida.

Essa revisão do crescimento econômico foi motivada pelo desempenho do segundo trimestre, que registrou um crescimento de 0,9% no PIB. Além disso, fatores como o aumento da safra, a expectativa de resultados positivos no terceiro trimestre e a recuperação da economia chinesa no quarto trimestre contribuíram para a revisão para cima das projeções.

A melhora nas projeções de crescimento também se estendeu para todos os setores. A projeção para o setor agropecuário passou de 13,2% para 14%, para a indústria avançou de 0,8% para 1,5%, e para os serviços passou de 1,7% para 2,5%. Vale ressaltar que a estimativa de crescimento para 2024 foi mantida em 2,3%.

O secretário de Política Econômica, Guilherme Mello, destacou que as previsões do mercado financeiro têm confirmado as estimativas do Ministério da Fazenda. Segundo ele, as projeções do mercado têm resultados positivos em relação à dinâmica da economia brasileira e têm confirmado as estimativas feitas pela SPE.

Em relação à inflação, a projeção pelo IPCA foi mantida e está acima da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para o ano. A estimativa para 2024 também foi revisada para cima. O impacto dos reajustes nos preços dos combustíveis tem sido compensado pela queda nos preços dos alimentos e dos serviços associados à alimentação em casa. A projeção para 2024 foi elevada devido a ajustes nas estimativas para o dólar e o preço das commodities.

Apesar da desaceleração econômica prevista para 2024, as estimativas para o próximo ano estão melhorando. A SPE ressalta que os núcleos de inflação continuam a desacelerar, mesmo com o desemprego em baixa. O setor agropecuário, responsável pelo crescimento econômico em 2023, deverá desacelerar no próximo ano devido à repercussão da supersafra e das previsões de anomalias climáticas.

Para os outros setores, a perspectiva é mais otimista em 2024. A indústria e os serviços devem se beneficiar com a queda dos juros, políticas de apoio à renegociação de dívidas, programas de transferência de renda e incentivos ao investimento. Medidas como o Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), estímulos para inovação e digitalização, e garantias do Tesouro Nacional para parcerias público-privadas também contribuirão para o crescimento desses setores.

Em suma, as projeções do Ministério da Fazenda indicam um cenário de crescimento econômico no Brasil, com revisões para cima do PIB e inflação. Esse otimismo se baseia nos resultados do segundo trimestre, nas expectativas de bons resultados futuros e nas políticas econômicas adotadas pelo governo. Resta aguardar para ver se essas projeções se concretizarão e se a recuperação econômica continua nos próximos anos.

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