Repórter São Paulo – SP – Brasil

Adolescente indígena morre após ser vítima de violência sexual no extremo norte do país

Neste domingo (17), foi confirmado o falecimento de Maria Clara Batista, uma adolescente indígena karipuna vítima de violência sexual no extremo norte do país. Aos 15 anos de idade, a jovem estava internada em estado grave em um hospital em Caiena, capital da Guiana Francesa, para onde foi transferida após seu estado de saúde se agravar.

O Conselho de Caciques dos Povos Indígenas de Oiapoque (CCPIO) divulgou uma nota expressando solidariedade à família de Maria Clara e denunciando que a morte da adolescente decorreu de um crime bárbaro, pelo qual pedem justiça.

O crime ocorreu na última quarta-feira (13), na cidade de Oiapoque, no Amapá. Maria Clara foi abusada sexualmente e afogada na lama, em uma área de pântano. Após o ocorrido, a jovem conseguiu deixar o local e buscar ajuda. Através da análise das câmeras de segurança, a polícia Civil e Militar prenderam em flagrante Cláudio Roberto da Silva Ferreira, de 43 anos, acusado de estupro e tentativa de homicídio.

O delegado Charles Corrêa informou, em comunicado emitido pela Polícia Civil do Amapá, que a prisão do suspeito foi realizada através de um trabalho de inteligência, interceptando o barco no qual ele estava, próximo ao oceano, em direção ao estado do Pará.

A prisão em flagrante foi convertida em prisão preventiva no dia seguinte. Além das acusações de estupro e tentativa de homicídio, Cláudio Roberto da Silva Ferreira também é suspeito de ser o autor de outro estupro ocorrido no ano anterior, além de responder por um crime de furto.

A saúde de Maria Clara se agravou porque, ao ingerir lama durante o crime, ela contraiu uma infecção pulmonar. A jovem indígena precisou ser intubada ainda no hospital do município de Oiapoque e, posteriormente, foi transferida para Caiena.

A violência sexual contra mulheres, especialmente as indígenas, é uma realidade alarmante e que exige ação imediata das autoridades competentes. O caso de Maria Clara evidencia a urgência de se combater esse tipo de crime e garantir que os responsáveis sejam severamente punidos. A sociedade como um todo deve se unir para lutar contra essa violência e garantir a proteção e o respeito aos direitos das mulheres, especialmente aquelas que são vulneráveis devido a sua etnia.

Sair da versão mobile