Repórter São Paulo – SP – Brasil

Surpresa positiva do PIB no 2º trimestre impulsiona crescimento da economia brasileira para 2023, afirma secretário de Política Econômica.

A economia brasileira está apresentando um desempenho melhor do que o esperado, com surpresas positivas no Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre e expectativas favoráveis para o restante do ano. De acordo com Guilherme Mello, secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, o país deve registrar um crescimento entre 3% e 3,5% em 2023.

Mello ressalta que esse crescimento mais sustentável da economia brasileira será impulsionado principalmente pela indústria e pelos setores de serviços, que possuem maior potencial de arrecadação. Ele acredita que avanços nas reformas estruturais podem impulsionar ainda mais o crescimento do PIB potencial do país.

O secretário também aborda o ceticismo do mercado em relação à meta de déficit zero no próximo ano. Ele considera essa desconfiança “natural”, mas acredita que é plenamente possível alcançar o resultado neutro em 2024. Mello destaca que a recomposição do resultado primário dependerá da recuperação das receitas e de medidas para recompor a base fiscal, mas vê comprometimento de outros atores além do Ministério da Fazenda nessa agenda.

Quanto à inflação, Mello admite que a projeção do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) deve subir um pouco devido às pressões inflacionárias, mas acredita que o Banco Central tem espaço para trazer a taxa de juros mais próxima do campo neutro, considerando a expectativa de convergência para a meta nos próximos anos. Ele destaca que o equilíbrio entre a política fiscal e a monetária cria um cenário macroeconômico perfeito para promover um crescimento mais sustentável.

Na entrevista, Mello também comenta o sucesso da política econômica adotada pelo governo e acredita que os números acima do esperado refletem esse êxito. Ele prevê uma resposta do investimento privado no último trimestre deste ano e no primeiro semestre de 2024, enquanto o governo adota uma política fiscal mais expansionista.

Apesar da possibilidade de uma desaceleração no ritmo da atividade no terceiro trimestre, Mello não espera uma queda no PIB. Ele acredita que a recuperação da economia continuará no último trimestre do ano, impulsionada pelas políticas públicas implementadas pelo governo e pelos fatores como aumento do salário mínimo, tabela do Imposto de Renda e programas sociais.

Em resumo, há uma expectativa positiva para o crescimento da economia brasileira nos próximos anos, impulsionada pela indústria, setores de serviços e políticas econômicas consistentes. A estabilidade fiscal, o controle da inflação e a política monetária adequada criam um cenário favorável para promover um crescimento mais sustentável.

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