Jornalista Olga Bardawil morre aos 77 anos em Brasília após complicações decorrentes de câncer.

A jornalista Olga Crispim Lobo Bardawil, de 77 anos, faleceu na tarde dessa sexta-feira (15) em Brasília. Olga, que foi ex-funcionária da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), estava em tratamento contra o câncer e sofreu um choque séptico, uma infecção generalizada, além de metástase no fígado, causas que levaram à sua morte.

Durante sua carreira na EBC, Olga atuou em diversos meios de comunicação, sendo responsável pela produção do programa A Voz do Brasil, um dos principais programas da empresa pública. Além disso, ela também fez parte da equipe de tradução da Agência Brasil. A jornalista teve uma passagem como assessora de comunicação na Presidência da República durante os governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. Ela também foi assessora do ex-ministro da Cultura, Sergio Paulo Rouanet, criador da Lei Federal de Incentivo à Cultura, conhecida como Lei Rouanet. Além disso, Olga exerceu o cargo de repórter esportiva na década de 1980 em São Paulo.

Olga era casada com o jornalista José Carlos Bardawil, que faleceu em 1997, e deixa três filhos: Bernardo, Carolina e Mário. Em fevereiro de 2018, Olga se desvinculou da EBC ao aderir a um plano de demissão voluntária (PDV). Hélio Doyle, atual presidente da empresa pública de comunicação, lamentou a perda da jornalista e destacou sua importância. Colegas de profissão também prestaram condolências à família de Olga nas redes sociais, ressaltando sua trajetória marcante e sua contribuição na luta pela redemocratização do país.

A jornalista Lana Cristina Carmo, que teve o prazer de trabalhar com Olga, relembrou uma história marcante em relação à colega. Lana conta que tinha receio em fazer a cobertura jornalística de enterros e velórios, pois nesses momentos é preciso abordar parentes em luto para conseguir informações. No entanto, Olga mostrou-se muito delicada e acolhedora, mesmo estando em luto por seu ex-companheiro. Lana recorda que Olga a tranquilizou e a fez sentir à vontade.

O velório da jornalista está sendo realizado na Capela 1 do Cemitério Campo da Esperança, localizado na Asa Sul, em Brasília. Às 14h50, a cerimônia foi ampliada e reafirmou o quanto Olga foi uma figura importante no cenário da imprensa nacional, especialmente na luta pela democracia. Sua morte deixa uma lacuna no jornalismo brasileiro, mas sua memória será mantida viva através de sua competência, talento e caráter.

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