A nova fase da operação foi iniciada na última sexta-feira, dia 8 de setembro, após um sargento reformado da Polícia Militar ter sido brutalmente assassinado em frente de sua casa, em São Vicente. No mesmo dia, uma equipe da PM foi atrás dos suspeitos, resultando em uma troca de tiros que deixou um policial ferido e três pessoas atingidas. Infelizmente, uma jovem de apenas 22 anos acabou morrendo em decorrência dos disparos.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, três suspeitos de envolvimento no assassinato do sargento já foram identificados durante as investigações. Essa ação marca o reinício da Operação Escudo, que havia sido encerrada três dias antes, no dia 5 de setembro.
A primeira fase da operação, que durou pouco mais de um mês, teve um saldo trágico de 28 mortos. Essa quantidade fez com que se tornasse a segunda ação policial mais letal em São Paulo, ficando atrás apenas do Massacre do Carandiru em 1992. Como resultado dessas ocorrências, um relatório do Conselho Nacional de Direitos Humanos denunciou uma série de abusos cometidos durante a Operação Escudo e fez mais de 20 recomendações ao governo estadual, incluindo o encerramento imediato da operação.
A Defensoria Pública de São Paulo e a organização Conectas Direitos Humanos entraram com uma ação civil pública exigindo que todos os policiais envolvidos na operação fossem obrigados a utilizar câmeras corporais. Essa medida tinha como objetivo evitar abusos e garantir a transparência nas ações policiais.
A primeira fase da Operação Escudo teve início no dia 28 de julho, um dia após a morte do policial Patrick Reis na cidade de Guarujá. Agora resta acompanhar os desdobramentos dessa nova fase da operação em São Vicente e torcer para que não ocorram mais vítimas fatais e para que a segurança da região seja efetivamente garantida.