Movimento Impacto Amazônia é lançado para acelerar a preservação e o desenvolvimento da região, conforme compromissos da Agenda de 2030.

A sobrevivência da Amazônia se tornou uma das prioridades para acelerar a Agenda de 2030, um pacto feito entre 193 Estados-Membros das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável. Nesta quinta-feira (14), durante a edição deste ano do Pacto Global da ONU no Brasil, foi anunciado o Movimento Impacto Amazônia, na sede das Nações Unidas em Nova Iorque.

Esse movimento tem como objetivo chamar a atenção para a importância de investimentos e políticas voltadas para a preservação da floresta amazônica, além da valorização e proteção dos povos e territórios tradicionais da região. Também busca alinhar a tecnologia com a sustentabilidade.

O Movimento Impacto Amazônia é o primeiro movimento do Pacto Global da ONU voltado especificamente para a região amazônica e envolve compromissos públicos assumidos por empresas dos setores público e privado para impulsionar o desenvolvimento sustentável da Amazônia.

Uma pesquisa realizada em setembro com 160 empresas participantes do Pacto Global da ONU no Brasil mostrou que a maioria delas já realizou análise dos riscos de operações diante da crise climática, porém poucas analisaram os impactos da cadeia de fornecimento em relação ao desmatamento na Amazônia. Além disso, a maioria das empresas não inclui cláusulas nos contratos com fornecedores que tenham compromissos de não desmatamento da Amazônia.

De acordo com a ONU, o combate ao desmatamento e a preservação da floresta são essenciais para atingir outros objetivos da Agenda de 2030, como ações climáticas, consumo e produção responsáveis e agricultura sustentável.

O CEO do Pacto Global da ONU no Brasil, Carlo Pereira, ressaltou a urgência de medidas de preservação e sustentabilidade da Amazônia, destacando o papel crucial da floresta no equilíbrio climático global. Ele alertou para o risco da savanização da Amazônia, o que seria uma catástrofe não só para o Brasil, mas para o mundo.

Algumas empresas já estão atuando em prol da preservação da Amazônia. A Eletrobrás e a Ambipar são embaixadoras do Movimento Impacto Amazônia e o Banco do Brasil pretende investir R$ 23 bilhões em financiamentos de ações voltadas para questões climáticas e recuperação ambiental até 2024.

Além das empresas, organizações da sociedade civil também estão engajadas na preservação da Amazônia. O Ministério Público Federal, por exemplo, pretende formar grupos de trabalho para desenvolver soluções para os problemas críticos da região.

O Pacto Global da ONU também destaca a importância da participação da sociedade como um todo para promover mudanças e transformações em prol da sustentabilidade. Segundo Rachel Maia, presidente do Conselho de Administração Global da ONU no Brasil, é necessário repensar as políticas empresariais e o comportamento de cada indivíduo. A mensagem é de que todos são responsáveis pela sustentabilidade e ninguém deve ser deixado para trás.

Apesar dos esforços, é preciso admitir que a Agenda de 2030 para o desenvolvimento sustentável está enfrentando desafios. O CEO do Pacto Global da ONU no Brasil reconhece que houve retrocessos nas metas globais, causados por crises financeiras, guerras e a pandemia. No entanto, o Secretário-geral da ONU tem reunido governos, sociedade civil e grandes empresas para acelerar a agenda e retomar o caminho certo.

A preservação da Amazônia é uma responsabilidade global e deve ser tratada com urgência. A floresta desempenha um papel fundamental no equilíbrio climático do planeta, e é necessário investir em políticas e ações sustentáveis para garantir a sua sobrevivência. A Amazônia não pode ser perdida, pois isso seria uma catástrofe não só para o Brasil, mas para o mundo inteiro.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo