Um estudo da Universidade de Brasília (UnB) revelou que o Cerrado perde vegetação nativa em um ritmo cinco vezes mais acelerado do que a Amazônia. A legislação atual exige que as propriedades privadas do bioma mantenham preservados 20% de seu território com a cobertura original. No entanto, para Marina Silva, a natureza não faz diferenciação entre o que é legal e ilegal. Essa distinção é feita pelos interesses e ações humanas.
Como parte das ações para combater o desmatamento no Cerrado, o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) lançou uma consulta pública do Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento e das Queimadas no Bioma Cerrado (PP Cerrado). O objetivo do plano é impulsionar a bioeconomia, aumentar a fiscalização e destinar terras públicas para a proteção e uso sustentável dos recursos naturais. A consulta pública estará aberta para participação até o dia 12 de outubro.
Além de Marina Silva, estiveram presentes no evento os ministros Paulo Teixeira, do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, e Sônia Guajajara, dos Povos Indígenas. A participação de autoridades de diferentes áreas é essencial para o debate e a busca por soluções que possam contribuir para a preservação do Cerrado.
O encontro e feira dos Povos do Cerrado tem como objetivo promover a imersão na cultura, sabores e povos desse bioma tão rico e diverso. É uma oportunidade para conhecer melhor a realidade e os desafios enfrentados no Cerrado e, principalmente, buscar alternativas sustentáveis que permitam a convivência harmoniosa entre o desenvolvimento econômico e a conservação ambiental.