A permanência em São Paulo se deve à recomendação médica de evitar viagens de avião nos próximos dias. Após esse período, Bolsonaro retornará a Brasília para dar continuidade às suas atividades. Fontes consultadas pela CNN afirmam que o Palácio dos Bandeirantes está pronto para receber o ex-presidente e a estadia foi programada a convite do governador Tarcísio de Freitas, que visitou Bolsonaro no hospital na última quarta-feira (13).
Durante sua internação, Bolsonaro passou por três procedimentos cirúrgicos realizados na última terça-feira (12): septoplastia (correção de desvio de septo nasal), turbinectomia (remoção de parte das conchas nasais) e uvulopalatofaringoplastia (remoção das amígdalas e de fragmentos do palato mole). No dia em que foi internado, seu advogado informou que o ex-presidente estava enfrentando alguns problemas de saúde, como refluxo, soluço, dificuldade de digestão e inchaço abdominal, e que os médicos decidiriam quais procedimentos cirúrgicos seriam necessários.
Apesar de ser esperado que Bolsonaro também passasse por uma correção de hérnia de hiato e por uma intervenção nas alças intestinais, esses procedimentos não foram realizados. Vale lembrar que essa seria a sexta vez que o ex-presidente se submeteria a procedimentos cirúrgicos abdominais desde que sofreu um ataque a faca durante a campanha presidencial de 2018.
A visita de Tarcísio de Freitas ao hospital fortalece a relação política entre o governador e o ex-presidente. É importante ressaltar que Tarcísio de Freitas é um dos nomes cotados para uma possível candidatura presidencial em 2022. A estadia de Bolsonaro no Palácio dos Bandeirantes também é vista como uma forma de estreitar os laços entre os dois políticos.
A alta de Bolsonaro e sua estadia em São Paulo têm gerado repercussão tanto na imprensa quanto nas redes sociais. Muitas pessoas estão questionando a necessidade de o ex-presidente permanecer alguns dias em São Paulo antes de retornar a Brasília. Além disso, há também debates sobre a saúde de Bolsonaro e se ele estará apto a retomar suas atividades políticas normalmente após a alta hospitalar.
É importante ressaltar que o presidente vem enfrentando críticas sobre sua conduta desde o início da pandemia de COVID-19, principalmente no que diz respeito ao incentivo ao uso de medicamentos sem comprovação científica e ao questionamento das medidas de isolamento social. A internação de Bolsonaro e sua estadia em São Paulo trazem à tona novamente a discussão sobre sua saúde e se ele estaria apto a assumir, por completo, suas funções como ex-presidente.
