Confiança dos industriais na economia brasileira recua em setembro, indica Índice de Confiança do Empresário Industrial

Em setembro, os industriais brasileiros mostraram uma queda na confiança em relação à economia do país, de acordo com o Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O índice, que mede a confiança do setor industrial, registrou 51,9 pontos, uma queda de 1,3 ponto em relação a agosto, quando estava em 53,2 pontos.

Apesar da queda, o índice ainda se mantém acima da linha divisória de 50 pontos, que separa o otimismo do pessimismo. No entanto, ele continua abaixo da média histórica de 54,1 pontos. A CNI aponta que a principal razão para essa queda na confiança foi a avaliação negativa sobre a situação atual da economia brasileira.

Um dos componentes do Icei, o Índice de Condições Atuais, que mede a percepção sobre a economia e a própria empresa no momento, ficou estável em 47,3 pontos. Esse indicador está abaixo dos 50 pontos desde o início do ano, mas vinha apresentando recuperação nos últimos meses, até agora.

Já o Índice de Expectativas, que mede as perspectivas para os próximos seis meses, registrou uma queda de dois pontos, chegando a 54,2 pontos. Esse índice é dividido em duas partes: a previsão positiva para a própria empresa caiu de 58,6 pontos para 57,2 pontos em setembro, indicando uma manutenção da confiança. Por outro lado, a previsão para a economia como um todo piorou, passando de 51,5 pontos para 48,2 pontos, ficando abaixo da linha divisória.

De acordo com a CNI, esses movimentos indicam uma reversão parcial em relação às expectativas que vinham avançando em agosto. Para a entidade, o Icei demonstra um movimento de acomodação após os cortes na Taxa Selic, que são os juros básicos da economia, promovidos pelo Banco Central no mês passado.

A pesquisa foi realizada entre os dias 1º e 11 de setembro, com a participação de 1.494 empresários. Os resultados mostram que os industriais estão demonstrando um certo receio em relação ao cenário econômico atual e às perspectivas futuras, o que pode impactar o desempenho do setor nos próximos meses.

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