Apesar da queda, o índice ainda se mantém acima da linha divisória de 50 pontos, que separa o otimismo do pessimismo. No entanto, ele continua abaixo da média histórica de 54,1 pontos. A CNI aponta que a principal razão para essa queda na confiança foi a avaliação negativa sobre a situação atual da economia brasileira.
Um dos componentes do Icei, o Índice de Condições Atuais, que mede a percepção sobre a economia e a própria empresa no momento, ficou estável em 47,3 pontos. Esse indicador está abaixo dos 50 pontos desde o início do ano, mas vinha apresentando recuperação nos últimos meses, até agora.
Já o Índice de Expectativas, que mede as perspectivas para os próximos seis meses, registrou uma queda de dois pontos, chegando a 54,2 pontos. Esse índice é dividido em duas partes: a previsão positiva para a própria empresa caiu de 58,6 pontos para 57,2 pontos em setembro, indicando uma manutenção da confiança. Por outro lado, a previsão para a economia como um todo piorou, passando de 51,5 pontos para 48,2 pontos, ficando abaixo da linha divisória.
De acordo com a CNI, esses movimentos indicam uma reversão parcial em relação às expectativas que vinham avançando em agosto. Para a entidade, o Icei demonstra um movimento de acomodação após os cortes na Taxa Selic, que são os juros básicos da economia, promovidos pelo Banco Central no mês passado.
A pesquisa foi realizada entre os dias 1º e 11 de setembro, com a participação de 1.494 empresários. Os resultados mostram que os industriais estão demonstrando um certo receio em relação ao cenário econômico atual e às perspectivas futuras, o que pode impactar o desempenho do setor nos próximos meses.