Inflação oficial de agosto registra alta de 0,23%, impulsionada pela energia elétrica e combustíveis.

A inflação oficial do Brasil, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), registrou um crescimento de 0,23% no mês de agosto deste ano, em relação ao mês anterior. Esse resultado também representa uma alta em relação ao mesmo período de 2021, quando houve uma deflação de 0,36%.

Os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (12) revelam que, no acumulado do ano, o IPCA apresenta uma taxa de 3,23%. Já nos últimos 12 meses, a taxa acumulada é de 4,61%, ainda dentro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para inflação deste ano, que varia entre 1,75% e 4,75%.

O grupo de despesas que mais impactou a inflação de agosto foi o de habitação, com um aumento de 1,11% no mês, impulsionado principalmente pelo aumento do custo da energia elétrica, que subiu 4,59%. De acordo com o pesquisador do IBGE, André Almeida, esse aumento nas tarifas de energia ocorreu devido ao fim da incorporação do bônus de Itaipu, que beneficiou os consumidores no ano anterior e deixou de ser aplicado em agosto.

Além disso, também houve reajustes nas tarifas de energia elétrica em Vitória, Belém e São Luís, que contribuíram para o aumento dos preços no grupo de habitação.

Outros grupos que tiveram impacto significativo na inflação de agosto foram saúde e cuidados pessoais, com alta de 0,58%, e transportes, com aumento de 0,34%. No setor de saúde, os destaques foram os produtos para pele, com aumento de 4,50%, e os perfumes, com alta de 1,57%. Já no setor de transportes, os preços do automóvel novo, da gasolina e do óleo diesel contribuíram para a alta.

Por outro lado, o grupo de alimentos continuou a apresentar queda de preços, com uma taxa de -0,85%. Produtos como batata-inglesa, feijão-carioca, tomate, leite longa vida, frango em pedaços e carnes tiveram redução em seus preços.

Os demais grupos de despesas apresentaram as seguintes taxas: educação (0,69%), vestuário (0,54%), despesas pessoais (0,38%), artigos de residência (-0,04%) e comunicação (-0,09%).

Esses números mostram que a inflação no país continua a ser um desafio, com aumentos em alguns setores e quedas em outros. No entanto, as taxas estão dentro das metas estabelecidas pelo CMN, o que indica que o Banco Central pode adotar medidas para controlar a inflação e garantir a estabilidade econômica. Acompanhar os dados e analisar os fatores que influenciam a inflação se tornam ainda mais importantes nesse contexto.

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