Não é possível fazer uma comparação com o mesmo período do ano passado, uma vez que em 2022 o Dia da Independência caiu em uma quarta-feira e não houve um feriado prolongado.
Durante o feriado, a Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) registrou um tráfego de mais de 5,4 milhões de veículos nas principais rodovias concedidas de acesso e saída da capital. Um exemplo preocupante foi o flagrante de um carro a 198 km/h na rodovia Castelo Branco, cuja velocidade máxima permitida é de 120 km/h. O condutor desse veículo cometeu uma infração gravíssima e terá que pagar uma multa de R$ 880,41, além de ter seu direito de dirigir suspenso.
Segundo o capitão Daniel Demétrio, da 3ª Cia Rodoviária, “a imprudência para muitos motoristas ainda impera” no trânsito. O elevado número de multas por excesso de velocidade pode estar relacionado à falta de atenção dos condutores, na opinião do advogado Antonio José Dias Junior, coordenador da Comissão de Direito do Trânsito da OAB de São Paulo. Ele afirma que muitos motoristas estão desatentos e não percebem que estão acima da velocidade permitida.
O capitão ressalta que os radares não podem mais estar “escondidos” em locais como marquises ou árvores. Nos radares regulamentados, há um valor a ser desprezado entre a velocidade auferida e a velocidade real do automóvel, que pode chegar até 7 km/h em alguns aparelhos.
Além das infrações por excesso de velocidade, outras infrações de trânsito também foram registradas durante o feriado. Houve um número significativo de multas por falta de cinto de segurança, a segunda infração mais flagrada, com 8.969 autuações. Em 329 acidentes com vítimas, 33 pessoas perderam a vida e 89 ficaram gravemente feridas.
A imprudência no trânsito pode levar a consequências trágicas, como destaca o policial rodoviário. Dirigir alcoolizado, exceder a velocidade permitida, não utilizar o cinto de segurança ou se envolver em acidentes pode resultar em acidentes de trânsito fatais.
Além das multas por excesso de velocidade, também foram emitidas multas por ultrapassagens em locais proibidos, uso do celular ao volante e dirigir sob a influência de álcool ou por recusar-se a realizar o teste do etilômetro. Nas rodovias federais, seis motoristas foram presos por crime de trânsito, como dirigir sob efeito de bebida alcoólica, de acordo com a Polícia Federal Rodoviária.
