Primeira edição do The Town encerrada com saldo artístico positivo e logística irregular

A primeira edição do The Town, evento que promete ser o “Rock in Rio de São Paulo”, teve seu encerramento marcado por um saldo artístico positivo, mas com problemas de logística. Durante os cinco dias de festival, que ocorreram nos dias 2, 3, 7, 9 e 10 de setembro no Autódromo de Interlagos, diversos gêneros musicais como pop, rock, funk, R&B, soul, trap e MPB foram apresentados nos palcos simultaneamente. No entanto, a estrutura do festival nem sempre atendeu bem ao grande número de pessoas, com cerca de 100 mil presentes a cada dia.

A organização do evento foi caótica no primeiro dia e melhorou apenas no segundo final de semana, mas ainda apresentou falhas. As reclamações dos espectadores variaram desde a compra de alimentos até a disposição dos palcos, além de problemas na entrada e saída do local. Além disso, houve incidentes como o incêndio de um ônibus expresso e de um quiosque, sem feridos.

O The Town se assemelhou a um grande shopping center com música, devido às diversas ativações de marcas, lojas e experiências presentes no evento. Mesmo antes de dar tempo para o público refletir sobre o festival, a produção já confirmou a segunda edição para 2025, com o objetivo de melhorar a experiência dos participantes.

No entanto, quando a música de fato aconteceu, ela agradou ao público. Houve muitos shows excelentes de artistas de todos os portes, e a sensação geral foi de que o line-up nacional não ficou devendo para o internacional, muitas vezes superando as expectativas. No entanto, a ordem dos shows e a distribuição dos palcos não favoreceram algumas das atrações, mostrando que o título de headliner nem sempre corresponde à qualidade da apresentação.

Entre os destaques do festival estão Bruno Mars, que realizou dois shows emocionantes e surpreendeu ao tocar a música “Evidências” junto com Chitãozinho e Xororó; Foo Fighters, que teve a atenção voltada para o baterista Josh Freese após a morte do ex-baterista Taylor Hawkins; Pabllo Vittar, que fez um show marcante com sua banda; Iza, que trouxe um mix de pop, R&B e funk e se mostrou feliz e segura no palco; Ne-Yo, que proporcionou uma nostalgia aos fãs com seus hits dos anos 2000; e Post Malone, que voltou ao Brasil com uma grande banda e interagiu bastante com o público.

Apesar dos problemas logísticos, a primeira edição do The Town se mostrou promissora e com potencial para se tornar o maior festival de música de São Paulo. Com algumas melhorias e ajustes na próxima edição, o evento tem tudo para criar uma experiência memorável para os fãs de música.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo