A tragédia que causou a morte da jovem ocorreu no sábado (9), quando ela estava correndo nas proximidades da pista do Aeroclube de Nova Iguaçu e foi atingida por um ultraleve. A aeronave enfrentou problemas mecânicos e não conseguiu decolar, resultando no acidente fatal. Caroline, que era aluna da Escola Preparatória de Cadetes do Exército, em Campinas (SP), estava no lugar errado, na hora errada.
Os órgãos captados serão destinados a hospitais com pacientes em espera por transplante. Tal procedimento só pôde ser realizado devido à autorização da família de Caroline, que já havia manifestado em vida o desejo de ser doadora de órgãos. O transporte dos órgãos doados foi feito por um helicóptero do Programa Estadual de Transplante da Secretaria de Estado de Saúde, para as pessoas que aguardam na fila por transplantes no estado do Rio de Janeiro.
Um fato preocupante é que o Aeroclube de Nova Iguaçu não é certificado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para oferecer cursos de formação de pilotos. Além disso, o aeroclube não consta no cadastro de aeródromos privados da Agência, o que significa que não possui autorização para operar como aeródromo. Portanto, operações com aeronaves não são permitidas no local. A Anac ressalta que essa falta de certificação e autorização pode ter contribuído para o trágico acidente.
A Força Aérea Brasileira (FAB) também se pronunciou sobre o ocorrido, informando que investigadores do Terceiro Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos foram acionados para realizar a perícia da ocorrência no aeroclube.
Em meio a essa triste notícia, a Escola Preparatória de Cadetes do Exército emitiu uma nota de pesar, confirmando a morte da aluna e informando que ela estava de folga no feriado. No entanto, a instituição não deu mais detalhes sobre a jovem e sua trajetória. O enterro de Caroline ocorreu na tarde desta segunda-feira (11), no Cemitério Parque Jardim de Mesquita, também na Baixada Fluminense.
A trágica morte de Caroline serve como um alerta para os riscos presentes em atividades aéreas realizadas em espaços não certificados. É fundamental que haja uma fiscalização rigorosa e que as autoridades competentes atuem com rapidez e eficiência para evitar novas tragédias como essa.
