Policial rodoviário federal admite ter atirado em carro de família que resultou em grave ferimento em criança de 3 anos no Rio

No último dia 8 de setembro, uma grave ocorrência envolvendo um policial rodoviário federal chocou o país. Em depoimento à Polícia Civil, o agente Fabiano Menacho Ferreira admitiu ter atirado contra o carro da família de Heloisa dos Santos Silva, uma criança de apenas 3 anos de idade. Os disparos atingiram a nuca e o ombro da menina, deixando seu estado de saúde em situação grave.

O policial foi ouvido na delegacia de Seropédica e, posteriormente, o caso foi repassado para a Polícia Federal. Segundo o agente, ele acreditava ter ouvido disparos e, por essa razão, efetuou os tiros contra o veículo da família. A arma utilizada por Ferreira foi apreendida e ele, juntamente com outros dois policiais, foi afastado de suas funções.

Heloisa foi levada ao Hospital Municipal Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, onde passou por uma cirurgia. Ela está intubada e em estado grave, porém estável, de acordo com as informações da Secretaria de Saúde do município.

No depoimento, o policial alegou ter seguido a família ao notar que o carro em que estavam era roubado, com base na consulta da placa do veículo. O pai de Heloisa, William Silva, afirmou que adquiriu o automóvel recentemente e desconhecia qualquer irregularidade.

O veículo foi atingido por pelo menos três tiros disparados pelo agente. Diante desse grave incidente, a família recebeu visitas das comissões de Direitos Humanos da Polícia Rodoviária Federal, OAB-RJ e procuradores do Ministério Público Federal.

Segundo Rodrigo Mondego, procurador da OAB, o relato do policial revela a linha de defesa que será utilizada para resguardar os agentes de suas responsabilidades. Ele destacou que é uma prática comum os policiais se sentirem à vontade para executar suspeitos de crimes e, por acharem que havia suspeitos no carro da família, atiraram para matar, resultando nas graves lesões em uma criança indefesa.

O Ministério Público Federal já instaurou um inquérito para apurar o caso. O órgão exige que a Polícia Rodoviária Federal identifique o autor do disparo e os demais agentes envolvidos na ação. Além disso, o procedimento instaurado pela Corregedoria da PRF será solicitado pela Procuradoria.

Diante dessa lamentável situação, a Polícia Federal informou que abriu um inquérito para investigar o caso. As investigações ficarão a cargo da delegacia da PF em Nova Iguaçu, por ser a mais próxima do local onde ocorreu o incidente.

É importante ressaltar que a conduta do policial em questão é extremamente grave e requer uma apuração rigorosa para que sejam tomadas as medidas cabíveis. A sociedade exige respostas e a devida responsabilização daqueles envolvidos nesse trágico episódio.

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