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Expresso na Perifa: Leitura dinâmica das crônicas da Vila Sapo e da vida na periferia de Porto Alegre

Na seção “Expresso na Perifa”, a comunidade compartilha suas descobertas culturais, oferecendo sugestões para curtir na periferia. Duas obras literárias são destaque: “Vila Sapo, José Falero” e “Quero-Quero na Várzea, Sylvio Fraga”, ambos publicados pela editora Todavia.

“Vila Sapo” retrata a vida na favela real de mesmo nome, localizada na periferia de Porto Alegre. O autor, José Falero, utiliza uma linguagem fluida para contar histórias que podem ser consideradas comuns para aqueles que vivem em lugares com poucos direitos. No entanto, suas crônicas transformam essas situações em leituras dinâmicas, convidando o leitor a se envolver e se identificar com o ambiente retratado. O livro enfatiza a importância de enxergar e respeitar as pessoas comuns que vivem nessas comunidades, desestigmatizando a periferia.

Já “Quero-Quero na Várzea” é um livro de poemas que nos faz refletir sobre nossa conexão com a natureza. O autor, Sylvio Fraga, nos lembra que os seres humanos são parte do planeta, da vida e da morte que ocorrem ao nosso redor. Ele nos chama, de forma leve, à responsabilidade de cuidar do meio ambiente e dos animais que o habitam, como uma jiboia, um gato ou um passarinho. Os poemas “Lastro” e “Bizantina” são especialmente belos e destacam-se dentro da obra.

Além das sugestões literárias, um livro não ficcional também está entre as recomendações: “A Inteligência das Aves”, de Jennifer Ackerman. A autora explora o mundo extraordinário das aves e sua incrível capacidade cognitiva. Com uma escrita simples e cheia de histórias inspiradoras, Ackerman nos leva a uma jornada pelos feitos notáveis desses animais, desde corvos que resolvem quebra-cabeças até papagaios que dominam a linguagem humana. O livro desafia preconceitos e nos faz repensar nossa relação com as aves e o mundo natural ao nosso redor.

Para os amantes da arte contemporânea, a 35ª Bienal de São Paulo é uma oportunidade única de imersão nesse universo. Com o tema “Coreografias do Impossível”, o evento desafia não apenas as fronteiras artísticas, mas também a arquitetura modernista do icônico Pavilhão do Parque Ibirapuera. Além das impressionantes obras de arte, a Bienal oferece uma programação diversificada, incluindo apresentações musicais, performances, encontros com artistas e mesas de discussão. A inclusão e a acessibilidade também são prioridades, com a disponibilização de maquetes táteis, textos em braille e um audioguia em libras. Sob a curadoria coletiva de Diane Lima, Grada Kilomba, Hélio Menezes e Manuel Borja-Villel, a Bienal promete uma experiência artística que desafia o impossível, com mais de mil obras de diferentes linguagens.

A 35ª Bienal de São Paulo acontece de 6 de setembro a 10 de dezembro de 2023, no Pavilhão da Bienal, no Parque Ibirapuera. O horário de visitação é das 10h às 19h, de terça-feira a domingo, com exceção das quintas e sábados, que tem horário estendido até as 21h. A entrada é gratuita, tornando a exposição acessível a todos os públicos.

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