Chuvas intensas atingem o Rio Grande do Sul e deixam rastro de destruição e mortes pelo estado

Desde a última quinta-feira, 7 de setembro, o estado do Rio Grande do Sul tem sido atingido por fortes chuvas, logo após a devastação causada pela passagem de um ciclone extratropical na região. Essa tem sido considerada a maior tragédia climática da história do estado, com um total de 41 mortos, de acordo com a Defesa Civil. Além disso, uma pessoa também morreu em Santa Catarina.

Segundo informações da MetSul, as cidades do norte do Rio Grande do Sul, especialmente do Vale do Taquari, ainda estão realizando o levantamento dos danos causados pelas enchentes. Enquanto isso, outras áreas do estado, como o oeste e o sul, estão sendo afetadas por enchentes causadas pelas fortes chuvas registradas nesta sexta-feira, 8.

A cidade de Alegrete é a que mais preocupa atualmente. Segundo a empresa de meteorologia, os moradores já começaram a ser retirados de suas casas com a ajuda da Defesa Civil, produtores rurais e até do Exército. O Ginásio Oswaldo Aranha foi aberto para receber os cidadãos que tiveram que deixar suas residências. Outras cidades, como Rio Grande, Pelotas e Pinheiro Machado, também estão enfrentando alagamentos desde a quinta-feira.

A quantidade de chuva acumulada nessas regiões é extremamente alta. Até o final da madrugada desta sexta-feira, já haviam sido registrados 182 mm de chuva em Canguçu, 181 mm em Pedro Osório, 176 mm em Capão do Leão, 170 mm em Dom Pedrito, 164 mm em Alegrete, 160 mm em Arroio Grande, 158 mm em Pelotas, 151 mm em Rio Grande, 137 mm em Santa Maria, 114 mm em Jaguarão, 112 mm em São Lourenço do Sul e 111 mm em Rosário do Sul, conforme informações da MetSul.

Além disso, as autoridades estão monitorando de perto o volume dos rios e alertando para o risco de enchentes. O Rio Santa Maria, em Dom Pedrito, está em alerta até às 14 horas desta sexta-feira, assim como o Rio Ibirapuitã, que está aumentando lentamente em Alegrete. Também continua o alerta para a ocorrência de temporais, chuvas intensas, descargas elétricas, eventual queda de granizo e rajadas de vento durante a manhã de hoje.

Na quinta-feira, o governo federal reconheceu o estado de calamidade pública dos municípios do Rio Grande do Sul afetados pelas intensas chuvas. Nesta sexta-feira, o governador Eduardo Leite e secretários de Estado irão se reunir com prefeitos da região de Bento Gonçalves para discutir os impactos das enchentes.

Algumas cidades do estado já registraram mortes em decorrência das chuvas. Até o momento, Cruzeiro do Sul contabiliza 4 mortes, Encantado 1, Estrela 2, Ibiraiaras 2, Imigrante 1, Lajeado 3, Mato Castelhano 1, Muçum 15, Passo Fundo 1, Roca Sales 10 e Santa Tereza 1. Além disso, há várias pessoas desaparecidas em Arroio do Meio, Lajeado e Muçum.

De acordo com a Defesa Civil, já foram resgatadas 3.037 pessoas em diferentes municípios do estado. Até o momento, 83 cidades foram afetadas pelas enchentes, com 2.944 pessoas desabrigadas, 7.607 desalojadas, 122.992 afetadas e 43 feridas.

As fortes chuvas também afetaram o tráfego nas rodovias gaúchas. Até o último balanço divulgado na quinta-feira, havia pelo menos 12 trechos bloqueados total ou parcialmente em cinco rodovias. Algumas pontes foram destruídas pelas chuvas, como na ERS-448, entre Farroupilha e Nova Roma do Sul, e na ERS-431, em Bento Gonçalves, na divisa com São Valentim do Sul. A Secretaria de Logística e Transportes do Estado está trabalhando para liberar as rodovias o mais rápido possível.

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