Moser lamentou a situação e ressaltou que essa é uma pena para o esporte. Ela reconhece que faz parte da política, mas enfatizou o impacto negativo que essa decisão terá no setor esportivo. A ex-ministra será substituída pelo deputado federal André Fufuca, próximo do presidente da Câmara, Arthur Lira, e do presidente do PP, Ciro Nogueira, que fazem oposição ao governo Lula.
A nota divulgada pelo Palácio do Planalto ao confirmar as escolhas de Fufuca e Silvio Costa Filho para Portos e Aeroportos não mencionou Moser. Isso reforça a sensação de abandono por parte da ex-atleta.
Na quarta-feira, Moser já havia divulgado uma nota por meio de sua assessoria, na qual expressou tristeza e consternação com a interrupção temporária de uma política pública de esporte inclusiva, democrática e igualitária no governo federal. Ela destacou a falta de tempo para implementar uma política que efetivasse o direito social à prática esportiva, algo que havia sido prometido durante a campanha.
Essa decisão de substituir Moser é mais um capítulo na disputa política que envolve a formação do governo Lula. O Centrão, grupo de partidos que tem um histórico de negociações em troca de apoio, está buscando mais espaços e poder na Esplanada dos Ministérios. O episódio envolvendo a ex-ministra do Esporte mostra como os interesses políticos podem muitas vezes se sobrepor aos interesses da população e do setor esportivo.
É importante acompanhar de perto como essa mudança irá impactar as políticas públicas voltadas para o esporte no país e se haverá uma continuidade no trabalho desenvolvido até então. O esporte possui um papel fundamental na formação física, social e emocional dos brasileiros, e é essencial que as decisões relacionadas a essa área sejam pautadas pelo bem-estar da população e não por interesses políticos. Portanto, é fundamental que o governo Lula esteja atento a essa questão e faça escolhas que impulsionem o desenvolvimento do esporte no país.