Em relação ao custo médio da cesta básica, a cidade de Porto Alegre foi a capital onde o conjunto dos alimentos básicos teve o maior valor, alcançando R$ 760,59. Em seguida, vieram São Paulo, com o preço médio de R$ 748,47, Florianópolis, com R$ 743,94, e Rio de Janeiro, com R$ 722,78. Por outro lado, os menores valores foram observados em Aracaju, com R$ 542,67, João Pessoa, com R$ 565,07, e Salvador, com R$ 575,81.
Quando comparado o preço da cesta básica em agosto deste ano com o mesmo mês do ano anterior, ocorreu uma queda em nove capitais, com variações que oscilaram entre 5,24%, em Vitória, e 0,08%, em Curitiba. Por outro lado, oito cidades apresentaram um aumento nos preços, com destaque para Fortaleza, com 2,50%, Porto Alegre, com 1,67%, e Belo Horizonte, com 1,23%.
No acumulado dos oito primeiros meses do ano até agosto, o custo da cesta básica teve uma redução em 12 capitais, com destaque para Vitória, que registrou uma queda de 9,32%, seguida por Goiânia, com uma diminuição de 8,96%, Belo Horizonte, com 7,22%, e Campo Grande, com 7,06%. Os maiores aumentos foram observados em Aracaju, com uma alta de 4,15%, e Recife, com 2,77%.
Com base na cesta básica mais cara, que foi a de Porto Alegre, o Dieese estima que, levando em consideração a determinação constitucional de que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas básicas de uma família, como alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o valor do salário mínimo necessário em agosto deveria ter sido de R$ 6.389,72, ou seja, 4,84 vezes o valor do salário mínimo em vigor, que é de R$ 1.320.
Em relação aos produtos específicos, o preço do leite integral e da batata teve uma queda em todas as 17 capitais pesquisadas. O feijão carioquinha teve uma redução em todos os locais onde é pesquisado. Já o feijão tipo preto teve uma diminuição em três das cinco capitais onde é analisado. A carne bovina de primeira e o tomate tiveram queda em 14 das 17 capitais pesquisadas. Por outro lado, o preço do pão francês teve uma elevação em 11 das 17 cidades pesquisadas, bem como o do arroz agulhinha, que aumentou em 12 das 17 capitais pesquisadas.