Os erros foram descobertos quando a CNN teve acesso a trechos do conteúdo didático, que expuseram equívocos nas disciplinas de história e biologia. Um dos erros destacados é a afirmação de que Jânio Quadros proibiu o uso de biquínis em São Paulo quando era prefeito da cidade em 1961. No entanto, essa proibição ocorreu nas praias brasileiras quando ele era presidente da República.
Outro equívoco aparece na informação de que Dom Pedro II assinou a Lei Áurea em 1888, abolindo a escravidão no Brasil. Na verdade, a lei foi assinada pela Princesa Isabel.
Na disciplina de biologia, o material menciona que doenças como Parkinson e Alzheimer podem ser transmitidas pela água, através da ingestão de metais pesados e produtos químicos em geral. No entanto, ainda não se identificou uma causa definitiva para o Alzheimer, e o mal de Parkinson tem relação com exposição a toxinas como agrotóxicos.
O caso gerou repercussão e o Coletivo Educação em Primeiro Lugar, formado por deputados estaduais da oposição em São Paulo, acionou a Defensoria Pública, o Ministério Público e o Tribunal de Contas do Estado para investigar a situação.
A Secretaria da Educação informou que o conteúdo era editável e os erros já haviam sido corrigidos. Além disso, será reforçada a equipe de revisão para aprimorar constantemente os recursos didáticos em conformidade com o Currículo Paulista.
Vale ressaltar que este incidente ocorre em meio a outra polêmica envolvendo a Secretaria da Educação de São Paulo. No mês passado, foi anunciado que o estado não receberia mais livros didáticos físicos do PNLD e adotaria apenas materiais digitais. No entanto, devido à manifestação contrária de diversos setores, o governador Tarcísio de Freitas decidiu disponibilizar o material didático tanto de forma impressa como digital, dando aos alunos a opção de escolher qual formato preferem.
O caso dos erros no material didático demonstra a importância de um processo de revisão cuidadoso e rigoroso, especialmente quando se trata de conteúdo que será utilizado por estudantes. Erros como esses podem prejudicar a aprendizagem e a formação dos alunos, além de causar desconfiança e questionamentos sobre a qualidade do ensino oferecido pelas instituições. É fundamental que a Secretaria da Educação de São Paulo reforce os procedimentos de revisão e garanta que os materiais didáticos fornecidos aos estudantes estejam livres de erros e sejam precisos e atualizados.