De acordo com a AGU, essa investigação também buscará promover a reparação dos danos causados por decisões proferidas pela 13ª Vara Federal em Curitiba, comandada pelo ex-juiz e atual senador Sérgio Moro. Na visão do órgão, é necessário analisar a conduta dos procuradores do Ministério Público Federal (MPF) e dos juízes que atuaram na Lava Jato. Caso esses agentes sejam considerados responsáveis, a AGU pretende cobrar indenizações para ressarcir o governo federal pelos prejuízos causados.
A decisão de Toffoli, além de anular as provas referentes aos acordos de leniência da Odebrecht, também trouxe à tona a opinião do ministro sobre a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante as investigações da Lava Jato. Segundo Toffoli, esse acontecimento pode ser considerado um dos “maiores erros judiciários da história do país”.
A criação da força-tarefa da AGU tem como objetivo principal investigar possíveis irregularidades cometidas por agentes públicos no âmbito da Lava Jato. Essa operação, que teve início em 2014, tem como foco principal o combate à corrupção. No decorrer dos anos, diversas personalidades políticas e empresariais foram investigadas e condenadas.
No entanto, a decisão de Toffoli trouxe à tona a necessidade de revisão dessas investigações, uma vez que as provas obtidas nos acordos de leniência da Odebrecht foram anuladas. Essa anulação coloca em xeque a validade de diversos processos relacionados à Lava Jato e pode levar a uma série de consequências e desdobramentos.
Dessa forma, a AGU se posiciona a favor da apuração rigorosa dos desvios de conduta e da reparação dos danos causados pelas decisões tomadas ao longo da Lava Jato. A criação dessa força-tarefa é um passo importante para a busca de justiça e para a cobrança de responsabilidades. Resta acompanhar os desdobramentos dessa investigação e aguardar quais serão as consequências para os envolvidos nesse escândalo de corrupção que abalou o país.
