PCC: A trajetória de uma facção criminosa que surgiu em um jogo de futebol dentro de um presídio há 30 anos

Há 30 anos, uma partida de futebol realizada no pátio de um presídio no interior paulista deu início a uma das maiores facções criminosas do mundo, o Primeiro Comando da Capital (PCC). Embora não haja registros oficiais do placar final do jogo, as investigações revelam que o nome do time se transformou em uma marca presente em pelo menos 26 países.

Inicialmente criada sob o discurso de combater a opressão dentro do sistema prisional paulista, a facção acabou se transformando em uma organização voltada para o tráfico internacional de drogas e com um faturamento anual bilionário proveniente da venda de cocaína. Estima-se que atualmente o PCC conte com cerca de 40 mil membros.

A primeira demonstração de poder da facção ocorreu em 2001, quando presos de 29 penitenciárias do estado de São Paulo iniciaram uma grande rebelião, resultando na morte de pelo menos cinco detentos. No entanto, esse episódio foi insignificante em comparação com os eventos de maio de 2006, quando os criminosos atacaram as forças de segurança de São Paulo em represália à transferência de 765 presos para a penitenciária de Presidente Venceslau, no interior do estado.

Para entender como o PCC se desenvolveu ao longo de três décadas, a apresentadora Isabella Faria irá receber, ao vivo, o repórter especial Rogério Pagnan no programa “Como é que é?”, transmitido diretamente da Redação da Folha, no centro de São Paulo. O programa vai ao ar de segunda a sexta-feira nos canais do jornal no YouTube, Instagram, Facebook e Twitch.

Após a transmissão, as conversas estarão disponíveis na íntegra no canal da TV Folha no YouTube e também em versão áudio nos principais agregadores de podcasts. Além disso, a TV Folha publica no YouTube entrevistas, reportagens e minidocs sobre diversos temas do noticiário.

A história do PCC é um exemplo alarmante de como uma simples partida de futebol em um presídio pode se transformar em uma organização criminosa de repercussão mundial. Suas origens estão ligadas à luta contra as injustiças carcerárias, mas ao longo do tempo, a facção se desviou desse discurso e se envolveu em atividades ilegais, especialmente no tráfico de drogas. O episódio de maio de 2006 deixou claro o poder e a capacidade de mobilização do PCC, além de evidenciar a fragilidade e a falta de controle das autoridades.

E é justamente para entender como essa facção se desenvolveu e quais os desafios enfrentados pelas forças de segurança que o repórter Rogério Pagnan será entrevistado no programa “Como é que é?”. Essa será uma oportunidade para jogar luz sobre a história e a trajetória do PCC, bem como discutir estratégias para enfrentar o crime organizado e garantir a segurança da sociedade. A transmissão ao vivo do programa mostra a importância que o assunto possui e o interesse em debatê-lo de forma aberta e transparente.

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