Até o momento, foram registrados apenas quatro casos da nova variante no Brasil: dois em São Paulo, um no Distrito Federal e um no Rio de Janeiro. O ministério reforça que a vacinação continua sendo a medida principal para prevenir casos graves da doença e recomenda que os grupos de risco sigam as medidas de prevenção, como uso de máscaras e isolamento dos infectados.
Além disso, toda a rede do Sistema Único de Saúde (SUS) está disponibilizando gratuitamente o antiviral nirmatrelvir/ritonavir para o tratamento da infecção pelo vírus assim que os sintomas aparecerem e houver confirmação de teste positivo em pessoas dos grupos de risco.
Dados das entidades que utilizam a rede particular de saúde complementar também registraram aumentos expressivos de resultados positivos nos exames de detecção da covid-19 nas últimas semanas. De acordo com a Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed), a positividade dos testes passou de 6,3% para 13,8%, de uma semana para outra. Já o Instituto Todos Pela Saúde reportou um aumento da taxa de resultados positivos de 7% para 15,3% entre as semanas encerradas em 22 de julho e 19 de agosto.
O virologista e pesquisador do Instituto Todos Pela Saúde, Anderson Fernandes de Brito, acredita que esse aumento pode estar relacionado à chegada da nova variante no Brasil. O pesquisador destaca que ainda há um certo atraso no processo de sequenciamento genômico das variantes no país, o que pode levar algumas semanas para que seja possível observar o aumento da frequência da EG.5.
Entretanto, Brito reforça que a vacinação contra a covid-19 é a melhor maneira de se proteger da doença. É importante que a população continue seguindo as medidas de prevenção, como uso de máscaras e isolamento dos infectados, até que a situação esteja controlada. O Ministério da Saúde está trabalhando em conjunto com as entidades de saúde para monitorar e controlar a propagação da nova variante no país.