Desmatamento na Amazônia Legal cai 66% em agosto, revelam dados do INPE divulgados pelo Ministério do Meio Ambiente.

No dia 5 de setembro, em celebração ao Dia da Amazônia, o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) divulgou dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) que apontam uma redução de 66,11% nos alertas de desmatamento na Amazônia Legal em agosto, em comparação ao mesmo período do ano passado. A ministra Marina Silva comemorou o resultado durante um evento no Palácio do Planalto, no qual foram anunciadas novas medidas de proteção ao bioma.

A Amazônia Legal engloba os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins, além de parte do Maranhão, correspondendo a cerca de 59% do território brasileiro. A ministra também destacou a redução de 42% do desmatamento na Mata Atlântica de janeiro a maio, e 79,7% em junho, de acordo com dados da Fundação SOS Mata Atlântica. No Cerrado, houve uma reversão da tendência de desmatamento nos últimos meses.

Durante o evento, que contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foram anunciadas várias medidas, incluindo a homologação de duas terras indígenas e a destinação de terras públicas para novas áreas de unidades de conservação. O presidente ressaltou a importância de proteger a Amazônia e afirmou que o futuro da humanidade e as condições de vida no mundo dependem do Brasil.

Lula também anunciou a destinação de R$ 600 milhões do Fundo Amazônia, a partir de 2025, para municípios da região considerados prioritários no combate ao desmatamento e aos incêndios florestais. O objetivo é investir em ações de monitoramento e controle, regularização fundiária e ambiental, e atividades produtivas sustentáveis.

Além disso, o presidente destacou a importância de que os países ricos cumpram a promessa de destinar pelo menos US$ 100 bilhões anualmente para ações climáticas. Ele também mencionou a realização da próxima Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP) que será realizada na Amazônia em dois anos.

Outro destaque do evento foi a assinatura pelo presidente Lula da criação da Comissão Nacional de Segurança Química. A comissão, coordenada pelo MMA, será responsável por propor estratégias e medidas para a gestão adequada de substâncias químicas, incluindo seus resíduos.

Ao final do discurso, o presidente Lula ressaltou a importância da Amazônia e afirmou que o evento climático em 2025, na cidade de Belém, será a primeira vez que a região terá a oportunidade de falar ao mundo sobre sua importância.

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