Professora Monique Medeiros é transferida para a Penitenciária Talavera Bruce após denúncias de ameaças na prisão.

Na última segunda-feira (28), a professora Monique Medeiros, acusada de participação na morte do filho Henry Borel, de 4 anos, foi transferida do Instituto Penal Santo Expedito para a Penitenciária Talavera Bruce, localizada no Complexo de Gericinó, em Bangu, na zona oeste do Rio de Janeiro. A transferência ocorreu em resposta a um pedido da defesa de Monique, que apontou novas denúncias de ameaças sofridas pela cliente na unidade prisional em que estava.

A decisão da transferência foi determinada pela juíza titular do II Tribunal do Júri do Rio de Janeiro, Elizabeth Machado Louro, que considerou que Monique deveria ser encaminhada para uma unidade prisional segura. A magistrada ressaltou o histórico de rejeição pelas demais internas em qualquer unidade em que a acusada já esteve e reclamou da falta de resposta da unidade prisional em relação às denúncias de ameaças feitas pela defesa de Monique Medeiros.

A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) realizou a transferência assim que recebeu a decisão da juíza. Segundo a Seap, a custodiada foi levada para a Penitenciária Talavera Bruce. No entanto, a secretaria negou que tenha havido situação de risco para a professora Monique Medeiros, afirmando que nenhuma das supostas ameaças foi comprovada.

Vale destacar que essa não é a primeira vez que a juíza Elizabeth Louro toma decisões envolvendo o caso de Monique Medeiros. Em abril do ano passado, a magistrada já havia determinado a soltura de Monique sob a mesma justificativa para a transferência atual. Naquele momento, ela substituiu a prisão preventiva por monitoramento com uma tornozeleira eletrônica.

Em junho do mesmo ano, Monique estava em prisão domiciliar, porém, uma decisão do desembargador Joaquim Domingos de Almeida Neto, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), determinou sua volta ao presídio. Em agosto do ano passado, Monique foi liberada novamente por decisão do ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) João Otávio de Noronha, mas acabou retornando à prisão em julho deste ano, após o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), acatar o parecer do subprocurador da República Juliano Baiocchi, que sugeriu a revogação da liminar anteriormente concedida.

Agora, Monique Medeiros aguarda o julgamento por tortura e homicídio do menino Henry Borel enquanto cumpre prisão na Penitenciária Talavera Bruce, no Complexo de Gericinó, em Bangu. O ex-namorado de Monique, Jairo Souza Santos Júnior, também está preso aguardando julgamento pelo mesmo crime.

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