As declarações de Izalci foram baseadas no depoimento do general Penteado, realizado hoje na Câmara Legislativa do Distrito Federal. Penteado, que ocupava a segunda posição na hierarquia do GSI, revelou que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) alertou o GSI sobre o planejamento dos ataques no dia 6 de janeiro.
Para Izalci, se as informações tivessem sido repassadas a tempo, todas as forças de segurança poderiam ter sido acionadas, evitando os acontecimentos daquele dia. Ele destacou a coincidência entre a Polícia Militar e a Força Nacional, que estavam de sobreaviso e prontidão, respectivamente. Segundo o senador, essa diferença impacta diretamente na rapidez de resposta, já que os militares de sobreaviso estão em suas residências ou aproveitando seu tempo livre, enquanto os da prontidão ficam no quartel aguardando o comando.
Além disso, Izalci fez cobranças em relação às filmagens feitas pelo Ministério da Justiça durante os ataques e também solicitou a quebra do sigilo telemático do ex-ministro G. Dias, o que possibilitaria o acesso às suas conversas no aplicativo de mensagens WhatsApp. Segundo ele, o celular de Dias foi disponibilizado pelo próprio depoente na última quinta-feira, o que permitiria que a Polícia Legislativa apreendesse o aparelho e investigasse os diálogos ocorridos no dia 8 de janeiro.
O senador acredita que as conversas poderiam revelar informações importantes, já que diversos vídeos apresentados até o momento indicam que o presidente Lula já tinha conhecimento prévio dos ataques. Izalci espera que os vídeos e os diálogos no celular de Dias possam ajudar a esclarecer os fatos e responsabilizar os envolvidos.
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