Erdogan tenta negociar acordo de exportação de grãos com Putin em meio à guerra com a Rússia

O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, teve um encontro com o presidente russo, Vladimir Putin, nesta segunda-feira, em uma tentativa de reviver um acordo que permitia à Ucrânia exportar grãos e outras commodities a partir de três portos do Mar Negro, apesar da guerra com a Rússia. A decisão de Putin em não prorrogar o acordo, mediado pela Turquia e pela Organização das Nações Unidas (ONU) há um ano, foi considerada uma ameaça ao abastecimento alimentar global, especialmente na África, no Médio Oriente e na Ásia. Antes do encontro, Putin declarou estar “aberto a negociações sobre esse assunto”.

O acordo de grãos foi o tema principal das negociações entre Erdogan e Putin durante todo o dia no resort de Sochi, localizado no Mar Negro, onde o presidente russo possui uma residência. Erdogan expressou a importância do acordo para os países africanos subdesenvolvidos e afirmou que a mensagem que será transmitida após a reunião será um passo significativo para o mundo.

As negociações em Sochi são esperadas para serem difíceis, já que Putin reconhece a influência que tem ao usar os alimentos como uma arma econômica. Tim Benton, especialista em segurança alimentar do Grupo Chatham House, acredita que Putin lutará por concessões e tentará obter o máximo possível de sua lista de desejos.

A guerra entre a Ucrânia e a Rússia complicou ainda mais a situação, tornando as negociações delicadas. O acordo anterior garantia à Ucrânia acesso aos portos do Mar Negro para exportar grãos, o que era essencial para sua economia e para o abastecimento global de alimentos.

O resultado das negociações em Sochi ainda é incerto. No entanto, Erdogan afirmou que acredita que a reunião será um avanço importante para o mundo e espera que um novo acordo seja estabelecido para garantir a exportação de grãos e commodities da Ucrânia.

As negociações entre Erdogan e Putin atraem a atenção global, pois o resultado pode ter um impacto significativo no abastecimento alimentar de várias regiões do mundo. Aguardamos os próximos desdobramentos e a eventual retomada do acordo entre a Turquia, a Ucrânia e a Rússia.

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