Apesar da vacina contra o HPV ser gratuita e disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), os meninos não estavam procurando se vacinar. Segundo o presidente da SBU, Alfredo Canalini, a taxa de vacinação entre os meninos é baixa, sendo de 52% para a primeira dose e 36% para a segunda dose. A meta recomendada é de 95%. O HPV é um vírus que pode causar verrugas anogenitais e câncer, tanto em homens quanto em mulheres.
Além disso, os urologistas da SBU também observaram uma diferença nos números de atendimento na saúde pública entre meninos e meninas, na faixa etária de 12 a 18 anos. O número de meninas que se consultam na rede pública é 18 vezes maior do que o de meninos.
Outra pesquisa realizada pela SBU sobre sexualidade revelou que os adolescentes não estão obtendo informações confiáveis sobre o assunto. A conversa sobre sexualidade com os meninos acaba sendo um tabu, e eles acabam buscando informações imprecisas com garotos mais velhos ou na internet.
Diante dessas questões, a SBU está focando sua campanha #VemProUro neste ano na conscientização sobre sexualidade, contracepção e uso de drogas. É essencial debater a liberação do uso da maconha e informar sobre os riscos do cigarro. A venda de cigarro eletrônico é proibida no Brasil, mas tem se tornado popular entre os jovens, que muitas vezes desconhecem seus malefícios.
A SBU ressalta a importância de educar os meninos desde a adolescência sobre a prevenção de doenças e a importância de buscar cuidados médicos regularmente. A falta de cuidado e higiene pode levar ao câncer de pênis, e é necessário incentivar os pais a levarem seus filhos para cuidarem de sua saúde, assim como as mulheres fazem tradicionalmente.
Durante todo o mês de setembro, a SBU está abordando temas relevantes nas redes sociais, como álcool e cigarro eletrônico na adolescência e sexualidade na adolescência. A falta de proteção contra infecções sexualmente transmissíveis, como gonorreia, clamídia, HPV, sífilis, HIV e herpes, também é um problema que afeta os jovens. É fundamental conscientizar os adolescentes sobre a importância do sexo seguro e da paternidade responsável.
Além disso, a SBU destaca que os adolescentes de hoje não viveram a pandemia de HIV/Aids nos anos 1980, quando houve uma grande campanha para a utilização de preservativos. Com o aumento das infecções sexualmente transmissíveis, é necessário retomar essa conscientização sobre o sexo seguro.
Em consultas médicas, os adolescentes podem tirar dúvidas sobre prevenção de infecções sexualmente transmissíveis, câncer de testículo, inflamação na cabeça do pênis e prepúcio, fimose, ejaculação precoce, varicocele, efeitos de anabolizantes, atraso da puberdade, tamanho do pênis, vacinação, paternidade responsável e prevenção de gravidez indesejada, entre outros assuntos.
A SBU busca conscientizar os adolescentes sobre a importância de cuidar da saúde desde cedo e se informar por fontes confiáveis. A saúde dos jovens é fundamental para garantir um futuro saudável.
