Os resultados mostraram que a percepção da presença de cracolândias foi mais frequente entre os habitantes da zona leste, com 61% afirmando o uso de drogas nas ruas de seus bairros. Em seguida, estão os moradores da região central, com 59%, e da zona sul, com 50%. Os residentes das zonas norte e oeste também demonstraram ter a mesma sensação, com taxas de 48% e 46%, respectivamente.
A pesquisa também revelou que a proporção daqueles que acreditam que existe uma cracolândia em seu bairro é maior entre os evangélicos, com 65%, do que entre os católicos, com 47%. Entre os que se declaram brancos, a taxa fica em 47%, enquanto entre os pardos sobe para 56% e, entre os pretos, chega a 65%.
Fora da região central, onde há a maior concentração de dependentes químicos – atualmente localizados nas ruas da Santa Ifigênia -, há cenas frequentes de uso de drogas na avenida Doutor Assis Ribeiro, na zona leste, nas proximidades da Ceagesp, na zona oeste, e debaixo da linha do monotrilho na avenida Jornalista Roberto Marinho, na zona sul.
Além disso, a pesquisa revelou que 68% dos cidadãos paulistanos não acreditam na eficácia das ações realizadas pela Prefeitura de São Paulo e pelo governo do estado para solucionar o problema causado pelo abuso de crack.
Os resultados do levantamento apontam para a preocupação da população com a presença e o uso de drogas nos bairros da cidade de São Paulo, destacando a percepção de uma cracolândia em diversos locais, além da visão de ineficiência das medidas adotadas pelos órgãos responsáveis. Essas questões evidenciam a necessidade de enfrentamento e solução para o problema do abuso de drogas na capital paulista.