A obra conta com dois tatuzões em operação, escavando em direções opostas. Enquanto o Tatuzão Norte escava em direção à estação Brasilândia, o Tatuzão Sul, batizado de Maria Leopoldina, vai em direção à estação São Joaquim, na região central.
As escavações tiveram início em dezembro de 2021 e só serão concluídas quando os tatuzões completarem os mais de 15 km de trechos que formarão a linha. O Tatuzão Norte já escavou mais de 1 km de rocha, a 44 metros de profundidade. Com cerca de 2 mil toneladas e 108 metros de extensão, a tuneladora avança a uma velocidade média de 6 a 14 milímetros por minuto, podendo percorrer aproximadamente nove metros por dia.
Enquanto o tatuzão escava o túnel de 10,61 metros de diâmetro, os trabalhadores instalam os segmentos pré-moldados conhecidos como aduelas, que servirão como revestimento da passagem da linha. Todo o material escavado pela máquina é escoado por uma esteira gigante, a correia transportadora, e despejado em uma bacia de contenção no VSE Tietê. Em seguida, o entulho é transportado por caminhões basculantes até o local de destino final, conhecido como bota-fora.
Além das obras da linha 6-Laranja, o metrô de São Paulo também está expandindo a linha 2-Verde. Até o final do ano, uma nova tuneladora, chamada de Cora Coralina, será utilizada nas escavações do trecho que vai da Vila Prudente à Penha, passando pela zona leste da capital e contando com oito novas estações. As partes da gigante máquina chinesa já estão sendo transportadas do Porto de Santos até o canteiro de obras em São Paulo.
Com essas obras em andamento, o metrô de São Paulo demonstra seu compromisso em melhorar a mobilidade da cidade e oferecer mais opções de transporte aos paulistanos. A conclusão desses projetos trará benefícios significativos para a população, reduzindo o tempo de deslocamento e desafogando o trânsito nas vias terrestres. A expectativa é de que essas ampliações do metrô contribuam para um transporte público mais eficiente e sustentável na cidade de São Paulo.