A defesa do casal que pediu vídeos para supostamente hostilizar Moraes alega ‘princípio do contraditório’.

O advogado Ralph Tórtima Stettinger Filho, responsável pela defesa dos supostos agressores do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), enviou um pedido para receber as imagens que registraram o incidente no Aeroporto Internacional de Roma, ocorrido em 14 de julho. Tórtima solicita o acesso às gravações imediatamente após a chegada do material ao Brasil, antes mesmo de ser encaminhado aos peritos da Polícia Federal.

O pedido foi encaminhado ao delegado de Polícia Federal Hiroshi de Araujo Sakaki, do Setor de Coordenação de Investigações e Operações de Contrainteligência, assim como ao ministro Dias Toffoli, que está conduzindo o inquérito sobre o caso no STF. Tórtima argumenta que o fornecimento das imagens é necessário para garantir os princípios do contraditório e da ampla defesa.

As imagens em questão foram enviadas após a tramitação pela Justiça italiana, com a autorização do Ministério Público daquele país. A adidância da Polícia Federal em Roma já estava com as gravações desde 20 de julho, porém, a remessa aos investigadores no Brasil aguardava a autorização.

A expectativa dos investigadores é que as gravações possam auxiliar na elucidação das contradições nas versões apresentadas pelos investigados sobre as supostas hostilidades a Alexandre de Moraes. Os principais alvos da investigação são Andréia Mantovani e Roberto Mantovani Filho, que já prestaram depoimento à PF, assim como o próprio ministro Alexandre de Moraes.

Antes das gravações do aeroporto serem entregues à PF em Roma, a defesa dos suspeitos de hostilizar o ministro do STF apresentou um vídeo aos investigadores. Segundo relato do advogado Ralph Tórtima Filho, as imagens mostrariam o ministro chamando um dos supostos agressores de “bandido”.

As gravações são aguardadas com grande expectativa, pois podem ser cruciais para esclarecer os acontecimentos no aeroporto e ajudar na investigação do caso. A defesa dos supostos agressores espera que as imagens possam corroborar sua versão dos fatos e comprovar que o ministro Alexandre de Moraes também teve atitudes inadequadas durante o incidente.

Agora, resta aguardar a autorização para a remessa das gravações aos investigadores no Brasil e acompanhar os desdobramentos do inquérito em curso no STF. A sociedade está atenta a esse caso, que envolve figuras importantes do cenário jurídico e tem gerado debates acalorados sobre os limites da liberdade de expressão e das relações entre membros do poder judiciário e cidadãos comuns.

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