O levantamento, que entrevistou 1.092 pessoas nos dias 29 e 30 de agosto, mostra que a preocupação com a violência na capital paulista cresceu de 12% para 22% em comparação com a última pesquisa realizada em 2020. Por outro lado, a percepção sobre os serviços de saúde na cidade melhorou, passando de 23% para 16%.
Além da violência, outros problemas citados pelos entrevistados foram o transporte coletivo (8%), as escolas e creches (6%), os buracos nas calçadas e no asfalto (6%), e os problemas na limpeza e coleta de lixo (5%). Habitação e a quantidade de moradores de rua também foram mencionados, cada um, por 4% dos entrevistados.
A pesquisa mostra que a preocupação com a segurança é maior entre os moradores do centro da cidade, onde 32% dizem que esse é o maior problema. No entanto, a violência está no topo da lista de reclamações de moradores de todas as regiões: zona sul (25%), oeste (24%), norte (22%) e leste (19%).
No centro da cidade, a segurança enfrenta grandes desafios. A presença de usuários de drogas na região da Cracolândia aumentou nos últimos meses, resultando em tumultos, confusões e saques. Além disso, as regiões da Sé e dos Campos Elíseos registraram um recorde de roubos de janeiro a julho deste ano.
A pesquisa também revela que a preocupação com a violência varia de acordo com a idade, o nível de escolaridade e a preferência partidária. Os jovens entre 25 e 34 anos e que concluíram o ensino superior são os que mais destacam a violência como o principal problema. Além disso, 4 de cada 10 pessoas que declaram ter o Partido Liberal (PL) como preferido consideram a segurança pública o maior problema da cidade.
Apesar de apontarem a violência como a principal preocupação, a maior parte dos entrevistados (25%) acredita que a prefeitura deveria tratar a área da saúde como prioridade. A segurança e a educação aparecem em seguida na lista de prioridades da população.
A pesquisa revela ainda uma avaliação negativa dos serviços públicos da cidade, com 45% dos entrevistados considerando a saúde municipal como ruim ou péssima. O trânsito também recebeu uma avaliação negativa por 67% dos paulistanos.
Em resumo, a pesquisa mostra que a violência se tornou o principal problema da cidade de São Paulo, superando a saúde pela primeira vez em 11 anos. A preocupação com a segurança varia de acordo com a região, idade, escolaridade e preferência partidária. Além disso, a pesquisa revela uma avaliação negativa dos serviços públicos, principalmente na área da saúde e do trânsito. A pesquisa indica que a segurança, saúde e transporte coletivo serão temas importantes no debate eleitoral de 2024, quando a próxima gestão da prefeitura será eleita.
